Fux amplia prazo para governo repassar R$ 3,5 bi para custear internet de alunos e professores | Política


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, ampliou em 25 dias o prazo para que o governo federal tenha que fazer o repasse de R$ 3,5 bilhões para garantir o acesso à internet de alunos e professores da educação básica pública.

A Advocacia-Geral da União acionou o Supremo contra uma lei aprovada neste ano pelo Congresso que prevê o repasse da verba a estados e ao Distrito Federal. O objetivo seria custear acesso à internet, com fins educacionais, para alunos e professores da educação básica na rede pública.

O prazo para a transferência se encerraria neste sábado (10). Com a prorrogação, o governo tem até o início de agosto para transferir os recursos ou conseguir nova decisão no Supremo.

Fux, que analisa casos urgentes durante o recesso do Supremo, afirmou que o tema envolve “uma série de questões constitucionais complexas. E que o relator do caso, ministro Dias Toffoli, pode reavaliar o processo quando as atividades do Supremo forem retomadas, em agosto.

“Por ora, em sede de plantão judiciário, com vistas a evitar o perecimento do direito invocado, bem como com o intuito de permitir à União a continuidade das providências constitucionais e legais necessárias para o adimplemento da obrigação veiculada na Lei n. 14.172/2021, estendo o prazo constante de seu artigo 2o, § 2o, por mais 25 (vinte e cinco) dias”, escreveu Fux.

Governo reduziu verba de infraestrutura de internet nas escolas, diz relatório da Câmara
Governo reduziu verba de infraestrutura de internet nas escolas, diz relatório da Câmara

Governo reduziu verba de infraestrutura de internet nas escolas, diz relatório da Câmara

A lei chegou a ser aprovada por deputados e senadores e, em seguida, foi vetada por Bolsonaro. O veto voltou à análise do Congresso, onde foi derrubado. Com isso, a lei foi promulgada em junho.

Ao Supremo, Bolsonaro afirmou, por meio da AGU, a lei representa afronta o devido processo legislativo, uma vez que foi proposta por iniciativa parlamentar.

O governo argumentou ainda que a lei viola as condicionantes fiscais para expansão de ações governamentais no curso da atual pandemia e fere o teto de gastos, podendo impactar a estruturação e custeio de ações governamentais de acesso à educação adotadas no contexto da pandemia.

Escolas públicas se preparam para voltar às aulas com menos dinheiro
Escolas públicas se preparam para voltar às aulas com menos dinheiro

Escolas públicas se preparam para voltar às aulas com menos dinheiro



Fonte:G1