Fungos podem ajudar no crescimento de tomates, diz estudo | Agronegócios


Na pesquisa, foram observados os fungos Metarhizium robertsii, o M. humberi e o M. anisopliae, que tem origem brasileira. No país, este tipo de fungo, do gênero Metarhizium, já é usado em mais de dois milhões de hectares de cana para controle de cigarrinhas das raízes e das folha.

De acordo com o estudo, os três fungos fazem parte de um grupo de microorganismos que promovem o crescimento de plantas. Com isso, eles também as ajudam a adquirir fósforo e ferro, além de reforçar características vegetativas e reprodutivas.

Como eles foram aplicados individualmente nos experimentos, a contribuição de cada um aconteceu de formas diferentes.

O M. robertsii fez com que as plantas ficassem mais altas, desenvolvessem raízes mais longas e mais massa na parte aérea e na raiz. Enquanto o M. robertsii e o M. humberi auxiliaram em uma maior quantidade de flores e de massa fresca dos frutos.

Comparação do desenvolvimento das plantas sem tratamento (Control) com as desenvolvidas com os fungos. — Foto: Divulgação / Embrapa

Com estes resultados, os pesquisadores querem tentar agora unir dois dos fungos, o M. robertsii com o M. humberi.

“Juntos, eles teriam bom potencial como promotores do crescimento do tomateiro e poderão ser explorados para outras espécies vegetais de importância econômica”, comenta Ana Carolina Siqueira, principal autora do trabalho que foi desenvolvido durante seu doutorado pela Esalq-USP.

Os cientistas também defendem que estes fungos podem contribuir no melhor desenvolvimento de outras culturas.

“Os resultados dessa pesquisa ampliam as funções benéficas desse agente de biocontrole que pode atuar também como inoculante biológico, promovendo o crescimento e vigor de plantas, não só do tomateiro, mas também de culturas agrícolas de grande importância econômica, tais como soja, algodão, milho, cana-de-açúcar, feijão, apenas para citar algumas”, explica o pesquisador da Embrapa Gabriel Mascarin, um dos coautores da pesquisa.

Mascarin, acredita também que estes organismos devem ingressar no mercado de biosinumos: “Essa adoção deve ser acelerada”, diz, “Com a vantagem de ser um produto polivalente e que contribui para a sustentabilidade da agricultura”, completa.

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Fonte: G1