Fundo Mubadala vence disputa por refinaria da Petrobras na Bahia com oferta de US$ 1,65 bilhão | Economia


A Petrobras informou nesta segunda-feira (8) que concluiu a rodada final do processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e que a melhor oferta recebida foi a do Mubadala Capital, de Abu Dhabi, no valor de US$ 1,65 bilhão (o equivalente a R$ 8,87 bilhões).

“A assinatura do contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos competentes”, informou a estatal.

O processo de venda da Rlam é o mais adiantado entre as 8 refinarias que a Petrobras pretende privatizar até o final de 2021 e que somam juntas cerca de metade da capacidade de produção de combustíveis do Brasil.

Situada no estado da Bahia, a Rlam possui capacidade de processamento de 333 mil barris/dia (14% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil), e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos totalizando 669 km.

Venda da Repar não avança

A petroleira informou também nesta segunda que recebeu propostas vinculantes para venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, mas decidiu pelo encerramento do processo, “uma vez que as condições das propostas apresentadas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira da Petrobras”. Um novo processo competitivo será aberto para essa unidade.

As outras 6 refinarias que continuam em processo de venda são:

  • Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul
  • Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas
  • Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco
  • Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais
  • Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará
  • Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná

As 8 refinarias que a Petrobras colocou à venda representam cerca de 50% da capacidade de refino nacional.

O processo de venda de refinarias foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no começo de outubro. A iniciativa da estatal foi questionada pelo Congresso Nacional, mas o STF considerou que criação de subsidiárias para facilitar venda de ativos não afronta entendimento de 2019, que prevê licitação e aval do Congresso para privatização de estatais.

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Fonte: G1