Fechamento de fábrica da Ford provoca o maior tombo na indústria da Bahia desde maio de 2020, diz IBGE




Na comparação com fevereiro de 2020, produção industrial na Bahia teve queda de 20,9%. No acumulado dos dois primeiros meses de 2021, também na comparação com igual período do ano anterior, tombo foi de 18%. Foto de 26 de fevereiro, quando funcionários da Ford protestaram em Camaçari após anúncio de fechamento da montadora na cidade
Reprodução/TV Bahia
Diante do fechamento da fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, a produção industrial baiana registrou em fevereiro o maior tombo desde maio do ano passado. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Segundo o levantamento, na passagem de janeiro para fevereiro, a indústria da Bahia registrou queda de 5,8%. Já na comparação com fevereiro de 2020, o tombo foi de 20,9% – o mais intenso para a indústria baiana desde maio de 2020, quando recuou 21,4%.
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“A queda da produção de veículos e autopeças explica em grande parte esse resultado, justificado pela saída de uma montadora de automóveis da Bahia”, apontou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.
O fechamento da montadora na Bahia provocou, ainda, o pior resultado regional do indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano, também na comparação com igual período do ano passado (-18%). Já no acumulado em 12 meses, a indústria baiana registrou queda de 9,4%.
A decisão de encerrar a produção da Ford no Brasil gerou um efeito dominó na economia baiana, que se reflete em outros setores.
A montadora disse que, com o fechamento das unidades no país, cinco mil empregos foram perdidos no Brasil e na Argentina, mas, segundo o Dieese, o impacto da saída da montadora deve ser 20 vezes maior. É que há toda uma cadeia indireta ligada à produção da empresa.
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Fonte: G1