FBI prende russo acusado de oferecer US$ 1 milhão para funcionário da Tesla instalar vírus de resgate em fábrica




Homem entrou nos Estados Unidos com visto de turista e tentou subornar funcionário da fábrica de baterias Gigafactory. Funcionário denunciou tentativa de suborno à montadora de veículos Tesla, que procurou o FBI.
AP/David Zalubowski
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que prendeu um cidadão russo acusado de tentar subornar um funcionário da fábrica de baterias Gigafactory, da montadora de veículos Tesla.
Egor Igorevich Kriuchkov, de 27 anos, ofereceu US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões na cotação atual) para que o colaborador contaminasse a rede de computadores da empresa com um vírus de resgate, ou “ransomware”.
Kriuchkov foi preso no dia 22 de agosto em Los Angeles, na Califórnia.
Ele estava no estado de Nevada, onde se localiza uma fábrica de baterias da Tesla, e tentou fugir do país quando foi contatado pelo FBI, o órgão de polícia federal dos Estados Unidos.
Tesla inaugurou em 2016 a fábrica de baterias batizada de Gigafactory.
Divulgação
Embora as informações divulgadas pelo governo americano não citem nominalmente a Tesla, o próprio fundador da companhia, Elon Musk, confirmou no Twitter que o alvo foi a Gigafactory.
O executivo “agradeceu” a uma reportagem que cita a atuação do FBI e do funcionário da Tesla, que cooperou com as investigações.
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De acordo com o FBI, Kriuchkov marcou vários encontros com um funcionário da Tesla antes de propor o acordo.
O funcionário, que não teve seu nome revelado, aparentemente foi escolhido pelo acusado por também ser fluente em russo. Ele, no entanto, denunciou a oferta à própria fabricante de veículos, que então procurou o FBI.
As autoridades providenciaram equipamentos de escuta para que o empregado registrasse as próximas negociações, coletando provas sobre a intenção do acusado.
Kriuchkov teria explicado o seguinte plano: instalar um vírus de resgate na rede da Gigafactory da Tesla e solicitar um pagamento para restaurar os sistemas e não vazar as informações coletadas na rede da empresa.
Embora não se saiba exatamente quem seriam os comparsas de Kriuchkov, o FBI aponta que ele teria comentado que outra empresa americana recentemente pagou mais de US$ 4 milhões (cerca de R$ 22 milhões) em um resgate – o que sugere uma associação com o grupo que conseguiu cobrar US$ 4,5 milhões da agência de viagens CWT.
Especialistas dizem que empresas pagaram até US$ 14,5 milhões em resgates após ataques cibernéticos
Vírus de resgate são pragas digitais que embaralham os dados dos computadores, tornando os sistemas inoperantes.
Mais recentemente, os criminosos responsáveis por esses ataques começaram a coletar informações das vítimas, ameaçando divulgar dados sigilosos caso o resgate não seja pago.
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Egor Igorevich Kriuchkov, de 27 anos, ofereceu US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões na cotação t) para que o colaborador contaminasse a rede de computadores da empresa com um vírus de resgate, ou “ransomware”.



Fonte: G1