O diretor do FBI (polícia federal dos EUA), Christopher Wray, disse ao Wall Street Journal que a agência está investigando cerca de 100 tipos diferentes de ataques cibernéticos do tipo ransomware, em que um vírus sequestra o computador da vítima e criminosos cobram um valor em dinheiro pelo resgate
A declaração veio após a empresa brasileira JBS, maior processadora de carne do mundo, ter sofrido um ataque ransomware, que paralisou os sistemas de seus frigoríficos nos Estados Unidos, Austrália e Canadá. A companhia afirma que 100% das suas operações globais já retornaram.
O FBI liga o ataque ao grupo russo REvil, um dos cibercriminosos mais lucrativos do mundo.
Na entrevista publicada nesta sexta-feira (4), Wray destacou a Rússia como país que abriga muitos usuários conhecidos de invasões cibernéticas com pedido de resgate.
Cada um dos 100 tipos de software mal intencionados é responsável por diversos ataques de ransomware nos Estados Unidos, disse Wray ao jornal.
Também nesta sexta-feira (4), o governo russo disse que o comentário do diretor do FBI de que a Rússia é um porto seguro para hackers foi “emocional”, relatou a agência de notícias RIA.
Ataque a oleoduto nos EUA
No mês passado, o Colonial Pipeline, o maior oleoduto dos EUA, foi atingido por um ataque de ransomware que prejudicou o fornecimento de combustível durante vários dias no sudeste do país. O FBI atribui a ação a um grupo que se acredita estar radicado na Rússia ou no leste europeu.
O Departamento de Justiça dos EUA está elevando as investigações de ataques de ransomware a um nível de prioridade semelhante ao de terrorismo, disse uma autoridade graduada do departamento à Reuters na quinta-feira (3).
O ransomware funciona criptografando os dados da vítima, e normalmente os hackers oferecem uma chave a esta em troca de pagamentos em criptomoedas que podem chegar a centenas de milhares ou até milhões de dólares.
VÍDEOS: segurança digital
Fonte: G1