Fazendas do noroeste paulista são cheias de histórias para contar | Nosso Campo


A apenas sete quilômetros do centro de São José do Rio Preto, a maior cidade do noroeste paulista, está uma das fazendas mais bonitas do interior do estado.

O casarão, rodeado de mata nativa, é um refúgio perto da área urbana. A capela toda em concreto aparente, aberta na frente e no fundo, com plantas ornamentais, recebe pássaros de todas as espécies.

Mas a fazenda não é especial apenas pela beleza. Ela é a única fazenda produtora de uvas para vinhos da região. As videiras vieram da França há 15 anos. Na época, muita gente achou que o empresário Paulo Girardi estava ficando louco, porque as condições climáticas não eram favoráveis.

As variedades plantadas no local são Cabernet Sauvignon e Syrah. Depois da colheita, as uvas vão para uma vinícola em Caldas (MG), onde são processadas até virar vinho. O produto não é comercializado, mas já vem ganhando a atenção, principalmente nas degustações.

No local também tem um cantinho para a variedade Bordeaux, mas essa não é usada para vinho.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 27/12/2020)

Fazendas do noroeste paulista são cheias de histórias para contar

Fazendas do noroeste paulista são cheias de histórias para contar

As estrelas de outra fazenda da região descansam tranquilamente nas baias ou desfilam no redondel. No local se faz melhoramento genético da raça Tabapuã.

Olhando para a estrutura, parece que tudo é novo, recém-construído, mas o ar de modernidade esconde segredos. No barracão está parte da história da fazenda, que fica em Nova Granada (SP). Lá tem de carros antigos a máquinas usadas na rotina do campo.

A fazenda teve vários donos. Há dois anos, quem comprou foi o pecuarista Marcos de Oliveira Germano.

Um Ford chamado de “bigode” é de 1929, uma caminhonetona para a época. Totalmente original, o veículo ainda funciona. O trator, que rodava a gasolina, é da época em que não se fabricava peças no Brasil. Tudo nele também foi mantido originalmente.

A beneficiadora de café é de 1954. A máquina toda em madeira ainda está intacta. Se colocar para funcionar, separa a casca da semente como as máquinas de hoje, só que de maneira bem mais lenta. Tem também arados, carros de boi, charretes…um jeito de manter a história viva.

Essas são apenas uma parte das fazendas do noroeste paulista. Propriedades que não são apenas bonitas, mas cheias de histórias para contar.



Fonte: G1