Os animais de uma fazenda localizada no município de Guarantã (SP) passam por uma dieta no confinamento que recebe o gado de todas as regiões do país. No computador de bordo, a lista de ingredientes e a quantidade certa para as seis refeições do dia. A ração é feita com silagem de cana de açúcar, melaço de soja, milho, núcleo e torta de algodão.
Durante o confinamento, cerca de 10 mil animais passam pela fazenda todo ano. Tem boi que chega com menos de 300 quilos e sai pronto para o abate com mais de meia tonelada.
O período de engorda dura, em média, 100 dias, que pode aumentar em tempos como este, com dias mais chuvosos, porque o comportamento dos animais com a terra molhada fica diferente. Eles deitam pouco e, para ganhar peso, precisam, além da ração rica em nutrientes, descansar e ruminar.
A fazenda recebeu, há uma semana, novilhas para começar todo o processo de confinamento. Neste lote, os gados já estão confinados há mais ou menos 50 dias. O produtor espera que os bois engordem bastante, o que nem sempre acontece com toda a boiada.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 18/04/2021)
Fazenda em Guarantã recebe gado de todas as regiões do país para período de confinamento
Estes bois que comem tudo e não engordam são chamados de “bois ladrões”. Eles não se adaptam à dieta do confinamento. A causa pode ser algum problema de saúde ou a falta de uma boa genética, o que acaba sendo um grande problema, gerando prejuízo aos pecuaristas.
Para tentar evitar isso, além de contar com a experiência dos trabalhadores da fazenda que identificam qual boi engorda mais e qual engorda menos, a tecnologia virou um forte aliado do campo. Um chip na orelha destes animais permite o acompanhamento da evolução do gado na balança.
No confinamento, a maioria ganha peso rápido e logo segue para o abate. O “boi ladrão” tem outro destino: ou ele é devolvido ou fica pela fazenda.
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Fonte: G1