Experiência de compra e condições de pagamento são decisivos na Black Friday, diz pesquisa | Midia e Marketing


Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (14) pela área de inteligência de mercado da Globo mostra que marcas preocupadas com uma boa experiência de compra, com a conservação do meio ambiente, engajadas em questões sociais e de inclusão são preferidas pelo consumidor no momento de decisão de compra.

O foco da sondagem foi na percepção e nos hábitos do consumidor para a próxima Black Friday, data conhecida por reforço dos descontos e de compras online. A pandemia do coronavírus ficou marcada pela expansão dos e-commerces ao longo de 2020 e a pesquisa busca desbravar formas de as empresas se destacarem nesse momento.

Quando perguntados sobre os fatores relevantes para a escolha do produto ou marca, consumidores reponderam, em escala de 1 a 5 (sendo 1 nada importante e 5 muito importante), que preferem marcas que se preocupem com:

  • Boa experiência de compra: 4,4
  • Meio ambiente: 4,3
  • Questões sociais: 4,1
  • Inclusão social: 4,1
  • Qualidade (mesmo com preço mais alto): 3,9
  • Igualdade de gênero: 3,7

Além do posicionamento de marca, é imprescindível estar preparado para as plataformas digitais. Dentre os entrevistados, 80% realizou compras através de novos canais de venda, inclusive WhatsApp ou redes sociais de lojas.

“No período de isolamento social, o e-commerce foi uma aposta para continuar aproveitando as promoções do mercado. 30% afirmam que durante a pandemia iniciaram ou aumentaram as compras de produtos online. E, desses, 24% pretendem manter esse hábito”, diz o relatório.

E há espaço de ganho de campo pelo digital. Ainda segunda a pesquisa da Globo, apenas 10% participou de live commerce, método que usa interação por meio de streaming em lives para vendas. A boa notícia para o formato é que 53% de quem participou acabou comprando algum produto e 88% diz que pretende participar de lives no futuro.

Das características que atraíram o consumidor no live commerce, destacam-se preço e condições de pagamento (70%), conhecer novos produtos e serviços (68%) e entender mais sobre os produtos que não podem ser experimentados (58%).

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A pesquisa Globo também dá bastante clareza que o consumidor digital é bastante informado e planeja as compras com cuidado. Na mesma escala de 1 a 5, em ordem de importância, é costume forte pesquisar preços mesmo que o produto venha a ser comprado em lojas físicas (média de 4,1).

O valor do frete e diferencial de preço também pesam como preferência para compras online (ambos com média 4). E as condições de pagamento também aparecem como fator preponderante. O consumidor afirma que dá preferência às lojas que ofereçam diversas opções, como boleto, débito, crédito e PIX (média de 4,1).

Por fim, fica evidente que, por mais digital que fique o processo, a experiência de outros clientes viram referência para a decisão de compra. As avaliações de produto nas próprias lojas online são muito importantes para influenciar o comprador (média 4,3). E um atendimento humanizado também faz diferença (4,1).

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Apesar da crise econômica causada pela pandemia, a perspectiva dos entrevistados é positiva para o segundo semestre de 2021. Ainda que 57% afirme que a situação financeira da família piorou entre o fim de 2020 e início de 2021, 51% têm expectativas de que essa situação melhore na segunda metade do ano.

Separando em setores, a pesquisa Globo pergunta em que setores o consumidor pretende aumentar seu consumo em 2021. O mais citado foi Alimentos e Bebidas, com 34% das respostas.

O setor de Vestuário também deve experimentar alta (32%), mas não se pode esquecer que foi um dos itens mais deixados de lado durante a pandemia (62% afirma que diminuiu o consumo durante o período).

Produtos de higiene doméstica, pessoal e produtos de beleza subiram durante a pandemia (43% manteve o consumo e 39% aumentou as quantias) e devem manter a tendência de alta (31% devem aumentar o consumo em 2021).

Acompanhando a dificuldade do setor de serviços enquanto ainda há restrições à circulação, a pior situação é da divisão de Refeições e Passeios. Dos entrevistados, 81% diminuiu o consumo durante a pandemia e apenas 20% pretende aumentar o gasto neste ano.



Fonte: G1