Ex-mulher de Jeff Bezos, MacKenzie Scott, investe R$ 4,2 milhões em ONG brasileira | Economia


A ativista e filantropa MacKenzie Scott, ex-esposa do fundador da Amazon, Jeff Bezos, fez um investimento de R$ 4,2 milhões em uma ONG brasileira, a Vetor Brasil. É a primeira vez que ela anuncia aportes em organizações fora dos Estados Unidos.

A Vetor Brasil seleciona e capacita profissionais para atuar no setor público. O valor recebido será investido em tecnologia para criar soluções e campanhas sobre a importância do desenvolvimento de lideranças públicas para o país.

“Pessoas que lutam contra as desigualdades merecem o centro do palco nas histórias sobre as mudanças que estão criando. Colocar os doadores como protagonistas no progresso social é uma distorção de seu papel. Estamos apenas tentando contribuir com uma fortuna que foi possibilitada por sistemas que precisam de mudança”, disse MacKenzie

MacKenzie foi casada com Bezos por 25 anos e o ajudou a fundar a Amazon em 1994. Em 2019, quando eles se divorciaram, ela ficou com cerca de US$ 35,6 bilhões.

Em 2020, em um período de 4 meses, a filantropa doou mais de US$ 4 bilhões para bancos de alimentos e fundos de auxílio emergencial para ajudar vítimas da pandemia. Em junho de 2021, doou US$ 2,7 bilhões para 300 organizações focadas no que ela descreveu como “categorias e comunidades que historicamente têm sido subfinanciadas e negligenciadas”.

Para receber o aporte, a ONG passou por minuciosa análise de uma consultoria que auxilia MacKenzie em suas doações. Eles avaliaram a trajetória, planejamento estratégico, finanças, projetos e resultados da organização.

“MacKenzie Scott acreditou, confiou e nos deu total liberdade para usar todo o dinheiro onde, como e quando acharmos melhor. Esse modelo irrestrito de investimento em organizações e não em projetos não é comum aqui no Brasil”, afirma Joice Toyota, cofundadora e co-CEO da Vetor Brasil.

Joice Toyota é cofundadora e co-CEO da Vetor Brasil — Foto: Divulgação

A ONG atua na formação de lideranças públicas, na mudança de cultura na gestão de pessoas e promove diversidade e equidade no setor público. Atualmente, os 27 estados brasileiros contam com, pelo menos, um profissional formado pela organização.



Fonte: G1