“Estamos em uma das piores situações”; diz Marina sobre incêndio no Pantanal


A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, disse nessa segunda-feira (24), que os incêndios no Pantanal ocorrem devido aos extremos climáticos e também por ações criminosas.

Em entrevista, a ministra explicou que no período entre os fenômenos do El Niño e El Niña, de estiagem na região, fez com que uma “grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão” esteja propiciando incêndios que são “fora da curva” em relação a tudo que se conhece.

“Estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa”, afirmou.

Incêndio no Pantanal

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Conforme a ministra, mais de 80% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares. Foto: Divulgação

Marina também afirmou que o ministério decretou situação de emergência em relação ao fogo e à contratação de brigadistas.

Pelo (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em atuação, há 175 brigadistas, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 53 da Marinha (que são combatentes), além de bombeiros locais.

“Teremos já um adicional de 50 brigadistas do Ibama e 60 que virão da Força Nacional, além da mobilização de mais brigadistas diante da necessidade”.

Além disso, ela ainda disse que a seca na região aponta para um “novo normal”, com a pior estiagem dos últimos 70 anos.

“O que nós temos é um esgarçamento de um problema climático que vocês viram acontecer com chuvas no Rio Grande do Sul. Nós sabíamos que iria acontecer com seca envolvendo a Amazônia e o Pantanal. Nesse período, não há incêndio por raio. O que está acontecendo é por ação humana”, destacou

Conforme a ministra, mais de 80% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares.

Uso de fogo

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A ministra associou que os municípios que mais desmataram têm sido vítimas dos incêndios, como é o caso de Corumbá (MS). Foto: Divulgação

Marina Silva disse que ainda há um pacto com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além dos governadores dos estados da Amazônia.

“Os governos estaduais já decretaram a proibição definitiva do fogo [em pastagens] até o final de ano. Portanto, todos aqueles que fizerem o uso do fogo para renovação de pastagem ou para atividade qualquer que seja ela, estará cometendo um delito”, alertou.

A ministra associou que os municípios que mais desmataram têm sido vítimas dos incêndios, como é o caso de Corumbá (MS).

Já a ministra Simone Tebet, do Planejamento, alegou que há uma atenção especial para as situações do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

“O maior foco de incêndio nesse momento é no estado de Mato Grosso do Sul, mais de 50% no município de Corumbá”. Ela salientou a colaboração dos governos dos estados de decretar a proibição do manejo controlado de fogo até o final do ano.

Informações extraídas da Agência Brasil. 



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