Duas equipes da Força Nacional de Segurança Pública foram destacadas do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul para intensificar o combate aos incêndios no Pantanal, especialmente em Mato Grosso do Sul.
A seca extrema, a maior dos últimos 70 anos, tem agravado as queimadas no bioma meses antes do período de maior incidência de fogo.
Os 40 agentes em 15 viaturas partiram de Brasília e têm previsão de chegada a Corumbá nesta quinta-feira (27). Um segundo grupo, em dez caminhonetes e um caminhão de suprimentos, deve chegar à região no sábado (29).
Segundo dados da Presidência da República, atualmente 145 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 combatentes da Marinha estão no enfrentamento ao fogo.
Quatro aeronaves modelo Air Tractor, embarcações e dois helicópteros também foram disponibilizados para ajudar no combate.
Combate ao fogo no Pantanal
O governo de Mato Grosso do Sul informou que 107 militares do Corpo de Bombeiros estão atuando nos focos de incêndio, com o reforço de mais 62 militares estaduais. Eles contam ainda com o apoio de uma aeronave do Corpo de Bombeiros e dois helicópteros da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo.
Desde maio, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai, medida que se estenderá até outubro .
Medidas emergenciais
A sala de situação criada pelo governo federal no dia 14 de junho, para definir ações urgentes diante da seca, liberou R$ 100 milhões para a contratação de mais reforços pelo Ibama . Em parceria com o governo federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram a proibição definitiva do manejo de fogo para queima de lixo e renovação de pasto até o final do ano.
Uma comitiva interministerial irá a Corumbá nesta sexta-feira (28) para avaliar a situação das queimadas.
A cooperação entre diferentes órgãos e estados se mostra essencial no enfrentamento às queimadas que ameaçam o Pantanal. A chegada de mais recursos e a união de forças são cruciais para conter os incêndios e proteger esse importante bioma brasileiro.