Entenda por que a ANS definiu que os planos de saúde individuais ficarão mais baratos pela primeira vez | Economia


O índice foi aprovado por unanimidade pela diretoria da agência e foi debatido pela primeira vez em uma reunião aberta e virtual.

Como a data-base dos contratos individuais é maio, a adoção do índice de reajuste dos planos individuais é retroativo e organizado pela quantidade de meses em atraso para a aplicação do percentual. Ou seja, de maio de 2021 a abril de 2022.

A redução dos planos, contudo, não inclui os planos de saúde coletivos, como os empresariais e os por adesão, contratados em grupo.

Queda de gastos com atendimentos

De acordo com a agência, a decisão se deve à queda de 82% para 74% em atendimentos e serviços domésticos pelos usuários no ano passado, devido principalmente ao isolamento social provocado pela Covid-19.

Rebello destacou que, apesar do aumento de gastos com internações e procedimentos realizados pela Covid-19, os planos reduziram seus gastos com consultas e atendimentos ambulatoriais.

  • Consultas: -12,1%
  • Outros atendimentos ambulatoriais: -17,4%
  • Exames: -14,6%
  • Terapias: -23,7%
  • Internações: -14,7%
  • Odontologia: -15,8%
  • Total: -17,2%

Com menos atendimentos, as despesas assistenciais registraram recuo de 9,20% entre 2019 e 2020, a maior variação desde 2014, afirmaram os diretores, durante a reunião.

Despesas médicas no Brasil — Foto: G1

A redução nas mensalidades, contudo, só deve beneficiar 18,7% do mercado de saúde suplementar, uma vez que, de todos os contratos do setor, apenas 8,9 milhões são individuais.

“As políticas da ANS durante a pandemia exacerbaram essa brecha entre planos coletivos e individuais e voltaram a colocar na ordem do dia a urgência de reformar o atual sistema regulatório. Não é possível que 39 milhões de pessoas ainda tenham de lidar com reajustes de dois dígitos em contratos absolutamente fora de controle”, afirmou Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Segundo a ANS, as operadoras de saúde que operam planos coletivos “costumam seguir os reajustes feitos pelos planos individuais”, embora não tenham esse vínculo.



Fonte: G1