Empresa muda o público alvo para sobreviver durante a crise com serviço de minimercado | Pequenas Empresas & Grandes Negócios


Uma startup de São Paulo decidiu mudar o público alvo do negócio, um minimercado. Em vez de vender para passageiros de carros de aplicativo passou a oferecer produtos para moradores de condomínio. A mudança foi um sucesso.

O modelo não tem custo adicional para o condomínio. É uma parceria entre a empresa e o síndico para oferecer comodidade ao morador. Ele escolhe e paga o produto em uma plataforma e depois retira na gôndola.

O minimercado tem mais de 300 produtos. Em um condomínio em São Paulo, a operação começou em abril, no início da pandemia.

“O pessoal ficou um pouco receoso com essa solução, pelo fato de entrar pessoas estranhas no condomínio. Só que é melhor entrar duas ou três pessoas estranhas do que você encontrar outras dez no mercado”, diz o síndico Arnaldo Dorna.

Antes, o modelo de venda funcionava dentro de carros de aplicativo.

“A gente descobriu, através de pesquisas, que 25% dos passageiros assumiram já ter desviado as rotas para comprar alguma coisa em um posto de gasolina, numa farmácia, numa padaria”, conta o empresário Sebastian Lucca.

Para a comodidade do passageiro, o motorista oferecia entre 20 e 30 produtos dentro do carro. Só que veio o isolamento social.

“Esse mercado teve uma redução muito drástica: mais de 90% do número de corridas de aplicativo acabaram desaparecendo do mercado. E isso refletiu diretamente no nosso modelo”, explica Sebastian.

O minimercado é a prova de que a mudança de rota pode salvar uma operação. Em apenas seis meses, o novo modelo superou em dez vezes o antigo formato, em carros de aplicativo.

Foi quando a startup do Sebastian Lucca aumentou de 20 para 300 produtos oferecidos ao cliente. As reposições são semanais, mas, em alguns casos, é preciso repor duas ou três vezes por semana. Um algoritmo ajuda controlar o que falta.

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Fonte: G1