Embraer registra prejuízo de R$ 3,6 bilhões em 2020 | Vale do Paraíba e Região


A Embraer divulgou nesta sexta-feira (19) que registrou prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 3,6 bilhões em 2020. O valor é 174,5% maior do que as perdas de 2019, que foram de R$ 1,3 bilhão.

O balanço foi divulgado na manhã desta sexta-feira pela Embraer, que culpa a pandemia da Covid-19 como responsável pelo impacto nas entregas, especialmente na aviação comercial. Já as receitas e despesas foram impactadas pela alta do dólar em relação ao real no período.

A fabricante de aeronaves brasileira foi bastante impactada pela pandemia de Covid-19 e o cancelamento da parceria com a Boeing. Em setembro de 2020, a empresa fez 900 cortes – além de 1,6 mil desligamentos por adesões a Planos de Demissões Voluntárias. As demissões ainda são discutidas na Justiça do Trabalho.

Em 2020, a empresa registrou queda de quase 35% na entrega de aeronaves executivas e comerciais. Ao todo, foram entregues 130 aeronaves no ano passado – 68 a menos do que em 2019, quando foram entregues 198 jatos.

O maior impacto ocorreu na aviação comercial, com queda de 51%. A aviação executiva teve redução de 21% das entregas em relação ao ano anterior.

4° trimestre de recuperação

A fabricante brasileira explicou que os resultados financeiros do 4° trimestre de 2020 interromperam uma sequência de resultados negativos e gerou uma receita de R$ 9,8 bilhões, 14% superior ao mesmo período de 2019 – principalmente em razão do efeito do câmbio. No período, foram entregues 28 jatos comerciais e 43 executivos.

“A melhora no nível de entrega de aeronaves em relação aos nove primeiros meses de 2020 somada às ações de reestruturação da companhia para contenção dos custos e resultados mais favoráveis das áreas de defesa e serviços, limitaram o prejuízo reportado nos últimos três meses do ano em R$ 7,7 milhões, bem abaixo do prejuízo de R$ 867,8 milhões do último trimestre de 2019”, informou a Embraer.

Apesar disso, a Embraer informou que não vai publicar as estimativas financeiras e de entregas para 2021 por causa da incerteza causada pela pandemia da Covid-19.

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Fonte: G1