Em março, Azul conquista maior fatia do mercado aéreo nacional, aponta Anac | Economia


A demanda por transporte aéreo de passageiros apresentou queda de 32,5% em março na comparação com março de 2020. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na tarde desta sexta-feira (23), e mostram um cenário ainda delicado para o setor mesmo um ano após o início da pandemia de covid-19 no Brasil.

O resultado mostra uma ligeira melhora em relação a fevereiro, quando a queda na comparação anual foi de 38,5% na demanda. A melhora, entretanto, não deve ser motivo para comemorar visto que abril tem sido marcado por fortes cortes na oferta por parte das aéreas. Na soma dos três primeiros meses de 2021, considerando a mesma comparação, a queda é de 32,4% na demanda, segundo a Anac.

Em março, a Azul foi a empresa com a maior participação no mercado doméstico, com 40,7%, bem acima dos 24,7% em registrados em março de 2020 e única entre as três maiores a crescer no mês. Na sequência vieram Gol (32,3% de participação em março deste ano) e Latam (26,4%). Em março de 2020, Latam tinha 38% do mercado doméstico e Gol, 36,8%.

Já a oferta de voos no mercado doméstico (calculada em assentos quilômetros ofertados – ASK, na sigla em inglês) teve queda de 27,1% no terceiro mês do ano e de 28,5% no acumulado dos primeiros três meses. Em março de 2021, foram transportados 3,22 milhões passageiros no mercado doméstico, queda de 36% na comparação anual. A taxa de ocupação de aeronaves no mercado doméstico em março foi de 66,7%, redução de 7,2% no ano.

Afetado em especial pelas medidas de contenção para evitar o contágio pelo coronavírus, como fechamento de fronteiras, restrição no turismo e diminuição na oferta de voos, os indicadores do mercado internacional seguem com retração em março. Nesse período, a demanda e a oferta recuaram 81,5% e 60,4%, respectivamente. Já no acumulado do trimestre, a retração é ainda maior, de 83,7% na demanda e 67,8% na oferta.

O transporte de carga e correio no mercado doméstico obteve resultado positivo em março deste ano. Com 32,25 mil toneladas transportadas, o indicador somou alta de 6,2%. No entanto, o volume de carga e correio transportado fechou o trimestre com perda de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.



Fonte: G1