Nos últimos anos, o setor privado de vacinas tem experimentado uma elevação significativa no Brasil, refletindo a importância crescente da humanização na saúde pública e a resposta a novos desafios sanitários. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), entre agosto de 2022 e agosto de 2023, o país registrou um crescimento de mais de 40% no segmento de redes privadas. A chegada de imunizantes mais modernos deve aquecer a busca por redes particulares.
“Existem cerca de 15 enfermidades já com vacinas em situação de análise pré-clínica, entre elas estão Alzheimer, Chikungunya e doenças onco-hemato. Recentemente, tivemos lançamentos de imunizantes contra pneumonia, herpes zoster e também contra doenças causadas pelos vírus sinciciais respiratórios. Ainda em 2024, também teremos uma nova e mais completa opção para pneumonia. Com a chegada delas, prevemos um crescimento acentuado na busca pela imunização nas redes particulares”, comenta Dra. Rosane Argenta, CEO e sócia fundadora da Saúde Livre Vacinas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou uma alta consistente na cobertura vacinal. Em 2022, por exemplo, mais de 80 milhões de doses foram administradas, representando um crescimento de 15% se comparado ao ano anterior. “Em 2023, registramos o atendimento de cerca de 60 mil pessoas, 25% a mais se comparado ao ano passado. Esse aumento foi impulsionado principalmente por conta da abertura de novas unidades, que trouxe mais facilidade ao acesso das pessoas às clínicas, além da ampliação de portfólio com o que a de mais moderno no mercado”, explica Argenta.
Um levantamento veiculado na Nature Medicine, publicação periódica médica mensal, que contou com a participação de 23 países, mostrou que houve uma elevação na confiança nos imunizantes em 2022. O índice de pessoas dispostas a aceitar a vacinação chegou a 79,1% em 2022, um aumento de 5,2% se comparado a junho de 2021 e de 10,9% se comparado ao mesmo mês de 2020. No Brasil, uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2020, a pandemia fez com que 27% dos brasileiros mudarem de opinião, assim impulsionando a conscientização sobre a importância da imunização e a demanda por serviços de saúde preventiva.
“Felizmente, temos uma ampliação da cobertura vacinal acontecendo nacionalmente, ainda é um avanço tímido, mas extremamente positivo e as clínicas privadas têm uma grande participação nisso, atuando com uma aliada do Ministério da Saúde. Prevejo um crescimento do nosso negócio na casa dos 60% para os próximos 02 anos, principalmente por conta das novidades que estão chegando cada vez mais rápido ao público final e o investimento da indústria na divulgação da importância da prevenção para a população”, finaliza a especialista.
Sobre a Saúde Livre Vacinas
Fundada em 2012, em Lucas do Rio Verde (MT), pelo casal Dr. Fábio Argenta, cardiologista, e a Dra. Rosane Argenta, dentista, a Saúde Livre Vacinas, rede de clínicas focadas no que há de mais moderno nos cuidados com a prevenção a saúde de doenças imunopreviníveis. Com vacinas para todas as faixas etárias, ou seja, para bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos e vacina ocupacional. Com 85 unidades espalhadas pelo Brasil, a marca pretende fechar em 2024 com 230 operações e faturar R$ 44 milhões.