El Salvador tem nova onda de protestos contra o Bitcoin


Na última terça-feira, 7, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a ter o Bitcoin como uma moeda oficial. Enquanto isso está sendo comemorado por muitos membros do mercado de criptomoedas, uma parte da população de El Salvador foi às ruas protestar contra a criptomoeda, com muitos preocupados com o uso do Bitcoin para favorecer o que alguns dizem ser uma ditadura criada pelo presidente do país, Nayib Bukele.

De acordo com o site InfoBae, no mesmo dia que a lei entrou em vigor o presidente “sofreu” com os maiores protestos contra o governo.

O site aponta que os moradores do país estão preocupados com o uso do Bitcoin por parte do governo, que possui uma grande dívida pública, além das preocupações em relação a democracia no país que muitos vêm como ameaçada com o autoritarismo de Bukele.

Bukele, que começou sua carreira política em um partido de esquerda, antes de mudar para um de direita por questão de popularidade, é considerado uma figura controversa, tendo alterado a constituição do país para dar mais poderes à sua administração.

Pesquisas recentes indicaram que mais de 60% da população de El Salvador não apoia o Bitcoin como moeda oficial do país, com algumas indicando um número de 72% de rejeição. 

Com a desconfiança dos salvadorenhos e a lei de Bitcoin exigindo que a moeda seja aceita em lojas e comerciantes, muitos estão protestando e suspeitando das intenções do governo com o uso da criptomoeda.

Relato de problemas com a carteira Chivo e começo complicado

Placas contra Bukele carregadas durante os protestos. Fonte: REUTERS/Jose Cabezas

O começo da prática da lei do Bitcoin não foi o que o governo esperava, com diferentes problemas afetando a moeda e outras operações.

O site informou que lojas virtuais não permitiram o download da carteira Chivo, a carteira oficial do governo para Bitcoin e que foi desenvolvida por 205 milhões de dólares do dinheiro público, segundo o InfoBae, a Secretária da Fazenda confirmou que parte desse dinheiro foi retirado do orçamento da saúde e educação.

As informações apontam que o aplicativo teve que ser temporariamente desconectado devido a problemas e falhas em seu servidor, além de já relatados problemas de privacidade. Quando os servidores estavam funcionando, usuários relataram diferentes problemas e diferentes na plataforma.

No entanto, de acordo com recentes tweets de Bukele a carteira passou por atualizações e atualmente voltou a funcionar sem nenhum problema e que bugs encontrados podem ser relatados para futuras atualizações.

Apesar dos números indicarem uma maioria contra a lei do Bitcoin e vários protestos durante o último dia 7, Bukele tem uma forte base aliada que o defende nas redes sociais, sem contar o apoio de bitcoiners em todo o mundo.





Fonte: R7