Dólar sobe nesta segunda, mas acumula queda de 6,82% em novembro | Economia


O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (30), mas acumulou recuou em novembro, com investidores avaliando o clima no exterior e uma sinalização recente do Banco Central do Brasil sobre oferta em leilões de swaps tradicionais.

A moeda norte-americana subiu 0,40%, cotada a R$ 5,3466. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,2750 e, na máxima, foi a R$ 5,3961. Veja mais cotações.

Em novembro, o dólar acumulou baixa de 6,82%. No ano, no entanto, o avanço é de 33,34%.

O Banco Central aumentou o volume ofertado em leilão de rolagem de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de divisas no mercado futuro) previsto para esta segunda-feira, para um ritmo que, se mantido até o fim do mês, representará colocação líquida de dólares no mercado futuro, destaca a Reuters.

Na sexta-feira, o BC anunciou que, entre 11h30 e 11h40 desta segunda, disponibilizaria 16 mil contratos de swap cambial, ou US$ 800 milhões, para rolagem do vencimento 4 de janeiro de 2021.

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O mês de novembro foi marcado pelo forte desempenho de ativos de maior risco em todo o mundo, com realização de lucros por parte dos investidores internacionais. Entre os fatores que impulsionaram o apetite por risco neste mês, a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas e progressos relevantes no desenvolvimento de vacinas para a Covid-19 têm sido citados por analistas como os principais responsáveis.

Nesta segunda, a farmacêutica norte-americana Moderna anunciou eficácia de 94,1% de sua vacina e que planeja solicitar uma autorização para uso emergencial do seu imunizante a agências reguladoras dos EUA e Europa.

Por aqui, os analistas do mercado financeiro subiram a estimativa de inflação para 2020 pela décima sexta semana seguida, de 3,45% para 3,54%. Já a projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) no ano foi reduzida de 4,55% para 4,50%, segundo pesquisa “Focus” do Banco Central. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,38 para R$ 5,36.

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou em novembro pelo segundo mês seguido, evidenciando as dificuldades de recuperação do setor.

Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil –cujas dúvidas, segundo analistas, explicam grande parte da depreciação nominal da moeda brasileira ante o dólar neste ano.

Além das preocupações com o risco de uma segunda onda de contaminações no país e de desaceleração do ritmo de recuperação da economia, segue no radar dos investidores as discussões em torno do Orçamento de 2021 e nas medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas.

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Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1



Fonte: G1