Dólar sobe e fecha a R$ 5,52 com incerteza fiscal no radar




Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,14%, vendida a R$ 5,5287. Nota de US$ 5 dólares
REUTERS/Thomas White
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (19), com os investidores voltando as atenções para a trajetória fiscal de curto prazo do país.
A moeda norte-americana subiu 1,14%, vendida a R$ 5,5287. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,5384. Veja mais cotações. É o maior patamar de fechamento desde 22 de maio (R$ 5,5842).
Na semana, o dólar acumula alta de 1,83%. No mês, tem alta de 5,97%, e no ano, de 37,88%.
O Banco Central realizou nesta quarta-feira leilão de swap tradicional de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021.
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Cena local
Na cena doméstica, os investidores seguiram de olho nas discussões sobre o Orçamento do governo para 2021 em meio a dúvidas sobre a manutenção do testo de gastos.
O clima parecia menos avesso ao risco depois que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, abafaram rumores sobre uma possível ruptura entre eles, reforçando também o seu compromisso com o teto de gastos, destaca a Reuters.
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Cena externa
No exterior, os investidores analisaram a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (banco central norte-americano).
A ata mostrou que os integrantes do Fed estão avaliando ajustes à política monetária que podem resultar na manutenção das agressivas medidas de estímulo do banco central por muito mais tempo.
No radar dos investidores também permaneceram as tensões crescentes entre Estados Unidos e China depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse a repórteres que adiou negociações com o país asiático devido à sua frustração diante da forma como Pequim lidou com a pandemia de coronavírus.
Na Europa, a taxa de inflação anual ficou em 0,4% na zona do euro em julho, mês em que as medidas de contenção da Covid-19 continuaram a ser afrouxadas. Na comparação com junho, houve deflação de 0,4%. A maior contribuição para aceleração da taxa anual veio de bens industriais não energéticos e serviços.
Variação do dólar em 2020
Economia G1



Fonte: G1