Dólar recua nesta sexta e acumula queda de 1,6% na semana | Economia


O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (5), após fortes ganhos registrados na véspera, em meio a um cenário de maior otimismo no exterior e com os investidores de olho também na cena política doméstica, em especial na chance de retorno do auxílio emergencial.

A moeda norte-americana caiu 1,21%, cotada a R$ 5,3831. Veja mais cotações. Na semana, o dólar acumulou queda de 1,60%. No ano, no entanto, tem alta de 3,78% no ano.

O Banco Central realizou nesta sexta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em junho e outubro de 2021, destacou a Reuters.

Dados de quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu na semana passada, sugerindo que o mercado de trabalho dos Estados Unidos está se estabilizando, enquanto as novas encomendas de produtos fabricados no país subiram mais do que o esperado em dezembro.

Essa leva recente de dados positivos vem em meio a expectativas de aprovação de mais estímulos pelo governo dos Estados Unidos, o que ajudava a alimentar o apetite por risco dos investidores.

Por aqui, o Indicador Antecedente de Emprego, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que a tendência de recuperação do emprego, iniciada em julho, perdeu força em janeiro. Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,91% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 0,76%. Em 12 meses o índice acumula alta de 26,55%.

Na cena política, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não vai interferir nos preços da Petrobras. Ele disse também que avalia um projeto para estabelecer um valor fixo de ICMS sobre combustíveis ou a incidência do ICMS no preço dos combustíveis vendidos nas refinarias.

No Brasil, a semana tem sido marcada pela reação positiva dos mercados ao cenário político em Brasília, com a eleição de uma liderança alinhada ao governo no Congresso sendo vista como potencial impulso para a agenda do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que o auxílio emergencial pode voltar a ser pago, mas, desta vez, para metade dos beneficiários que receberam o pagamento em 2020. Ele destacou, porém, que a retomada depende de “cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto”.

As discussões em torno de uma prorrogação do auxílio emergencial é acompanhada com cautela pelos investidores, com temores de que esses gastos estressem ainda mais a situação fiscal do país.

Os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado comprometeram-se na quarta-feira a avaliar uma forma de retomar o auxílio emergencial, respeitando o teto de gastos.

Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1

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Fonte: G1