Dólar opera em leve alta mas caminha para recuo semanal | Economia


O dólar opera em leve alta nesta sexta-feira (14), mas caminhando para fechar a semana em baixa, em linha com as perdas registradas pela moeda no exterior nos últimos dias devido à redução de temores sobre os rumos dos juros nos Estados Unidos.

Às 9h25, a moeda norte-americana subia 0,09%, cotada a R$ 5,5328. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em fechou em queda de 0,14%, a R$ 5,5279. Foi o terceiro recuo consecutivo da divisa e o menor valor de cotação desde 17 de novembro do ano passado (R$ 5,5264). Com o resultado, passou a acumular queda de 1,86% na semana e de 0,84% no ano.

Decreto presidencial reduz poder do Ministério da Economia sobre as decisões do orçamento

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Na cena externa, o foco permanece nos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos, em meio a sinalizações de que o Federal Reserve (Fed) tem se preparado para começar a subir as taxas de juros em março.

Por aqui, o mercado segue com as questões fiscais no radar, em especial a pressão de servidores por reajustes salariais.

“A pressão por gastos neste ano eleitoral será imensa. O maior risco local, no momento, é a nova onda da pandemia ser usada como argumento para uma nova rodada de gastos”, comentou Dan Kawa, diretor de investimentos e sócio da TAG Investimentos.

Analistas têm destacado que aumentou a pressão em cima do Banco Central em relação ao ritmo de aperto monetário após o resultado da inflação de dezembro ter vindo acima do esperado. Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. A previsão do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.

Juros mais altos no Brasil podem beneficiar o real, uma vez que elevariam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, atraindo mais recursos para o país. Mas uma Selic mais alta – que deve chegar aos dois dígitos já na próxima reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom) – também podem ter um custo elevado à atividade econômica brasileira, uma vez que tende a frear os gastos do consumidor.



Fonte:G1