Dólar opera em alta nesta quarta-feira e chega próximo dos R$ 5,20


Na sexta-feira, a moeda norte-americana teve queda de 0,95%, vendida a R$ 5,1614. Dólar
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O dólar opera em alta nesta Quarta-Feira de Cinzas (22), em dia de sessão com horário de funcionamento diferenciado na volta do feriado de Carnaval no Brasil. Investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e seguem de olho na inflação dos Estados Unidos.
Às 15h, a moeda norte-americana subia 0,42%, cotada a R$ 5,1831. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, último pregão antes do Carnaval, o dólar registrou uma queda de 0,95%, vendido a R$ 5,1614. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 1,74% no mês. No ano, entretanto, ainda tem queda de 2,21%.
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O que está mexendo com os mercados?
No Brasil, o dia é de agenda esvaziada na volta dos feriados de Carnaval. Por aqui, investidores monitoram a divulgação do boletim Focus, do Banco Central do Brasil (BC) e continuam acompanhando o noticiário político e fiscal doméstico.
Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia deve trabalhar em conjunto com o Poder Executivo para o bem da economia brasileira e destacou que o foco é melhorar o bem-estar social por meio da contenção da inflação.
Além disso, o mercado acompanha as notícias sobre o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de R$ 1.903,98 para R$ 2.640, que deve começar a valer a partir de maio. Segundo cálculos da Receita Federal, mais de 13 milhões de pessoas deixarão de pagar o IRPF com a nova faixa de isenção – o que equivale a 40% dos contribuintes.
Durante a tarde, o relatório “Focus” foi divulgado e mostra que economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,79% para 5,89%. Foi a décima alta consecutiva do indicador. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro elevou sua previsão de 0,76% para 0,80%.
Já no exterior, as atenções dos agentes econômicos continuam voltadas às indicações sobre os próximos passos do Fed . A expectativa é que a ata da última reunião de política monetária do BC norte-americano traga pistas sobre eventuais novos aumentos nos juros do país, em meio a preocupações cada vez maiores dos mercados com a permanência da taxa em níveis elevados para combater a inflação persistente.
Na terça-feira, a divulgação de indicadores antecedentes do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA, da zona do euro e do Reino Unido indicaram uma tendência de alta – nos EUA, por exemplo, o PMI registrou 50,2 pontos, no maior patamar em oito meses e voltando a sugerir uma resiliência econômica no país.
Também foi registrada uma retomada no setor de serviços, enquanto a manufatura norte-americana ainda mostrou uma recuperação mais tímida. Segundo analistas da XP Investimentos, diante desse cenário, o Fed pode “precisar ser mais duro nos próximos aumentos de juros para controlar a variação de preços no país”.
Indicadores de vendas de moradias existentes, por outro lado, tiveram uma nova queda e ficaram no menor nível desde 2010. Já as taxas de hipoteca retomaram a tendência de alta refletindo os movimentos de política monetária nos próximos meses.
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Fonte: Portal G1