O dólar abriu novamente em alta nesta terça-feira (19), mesmo após o Banco Central ter anunciado a realização de um leilão de venda de até US$ 500 milhões de dólares à vista nesta manhã, em mais uma ação para tentar segurar a alta da moeda.
Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,68%, cotada a R$ 5,5567. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,23%, a R$ 5,5194. Com resultado, passou a acumular avanço de 1,35% no mês e de 6,40% no ano.
O Banco Central realizará nesta manhã um leilão de venda de dólares à vista de até US$ 500 milhões. Esse será o primeiro leilão deste tipo desde 15 de março e vem após várias intervenções do Banco Central no mercado de câmbio desde a semana passada, com a realização diária de leilões extraordinários de swap cambial tradicional (operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro) nas últimas quatro sessões.
O dólar tem se mantido acima de R$ 5,50 nas últimas sessões, em meio a riscos que vão da escalada da inflação global às incertezas fiscais e políticas domésticas.
Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:
Entenda a alta do dólar
No exterior, o dólar recuava frente a outras moedas, com um início robusto para a temporada de balanços corporativos nos EUA e esperanças de que a China seja capaz de conter a crise em seu mercado imobiliário.
Na cena doméstica, as atenções seguiam voltadas para as preocupações com a inflação persistente e com as discussões em torno das fontes de financiamento do novo programa social do governo federal, o Auxílio Brasil.
A estimativa do mercado financeiro para a inflação deste subiu para 8,69%. Já a previsão para o PIB voltou a cair, para 5,01%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.
Alta do dólar afeta produção dos eletrodomésticos e eletrônicos no país
Fonte: G1