Dólar opera em alta, acima de R$ 5,25 | Economia


O dólar opera em alta nesta quinta-feira (16), com o foco dos investidores na divulgação de dados norte-americanos sobre o varejo, enquanto o clima em Brasília e questão fiscal do país continuava sob monitoramento.

Às 12h57, a moeda norte-americana subia 0,31%, cotada a R$ 5,2521. Na máxima da sessão até o momento chegou a R$ 5,2796. Veja mais cotações.

Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,41%, a R$ 5,2360. Com o resultado, passou a acumular avanço de 1,28% no mês. No ano, a alta é de 0,94% frente ao real.

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No exterior, as vendas no varejo dos Estados Unidos tiveram um alta inesperada de 0,7% em agosto, o que pode reduzir as expectativas de uma desaceleração acentuada no crescimento da maior economia do mundo no terceiro trimestre. Os investidores seguem atentos a qualquer sinalização do Fed sobre o futuro de seu programa de compra de ativos.

Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, avaliou que a região está se recuperando mais rápido do que o esperado e que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos 19 países que usam o euro deve retornar ao nível pré-crise antes do final do ano.

Por aqui, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,37% em setembro, favorecido pelo recuo do preço do do minério de ferro, segundo divulgou a Fundação Getulio Vargas. Apesar da queda no mês, o índice ainda acumula alta de 16,44% no ano e de 26,84% em 12 meses.

O Ministério da Economia manteve em 5,3% a expectativa de crescimento do PIB em 2021. Para o ano de 2022, a previsão recuou de 2,51% para 2,50%. Já a expectativa de inflação subiu de 5,90% para 7,90%, valor bem acima do teto de 5,25% fixado pelo sistema de metas.

O mercado segue de olho também na tensão política e na piora das expectativas para o desempenho da economia brasileira. Parte dos analistas já projetam uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 1% no ano que vem em meio a um cenário de inflação mais alta e juros também mais elevados, e de piora da crise hídrica.

O corregedor-geral do TSE, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu investigar se houve financiamento dos atos antidemocráticos de 7 de Setembro e, caso tenha havido, quem financiou. O financiamento das manifestações das quais participou o presidente Jair Bolsonaro também será objeto de apuração em um inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Variação do dólar em 2021 — Foto: G1



Fonte: G1