O dólar fechou em alta de 2,60%, cotado a R$ 5,0708, nesta segunda-feira (2), com o foco dos mercados nas reuniões de política monetária e decisões sobre juros nos EUA e no Brasil.
Essa foi a maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%), que havia sido o salto mais intenso da moeda norte-americana desde o início da pandemia de Covid-19. A divisa também registrou o maior patamar para encerramento desde 16 de março passado (R$ 5,0917).
Com o resultado desta segunda, a moeda norte-americana queda de 9,04% no ano. Veja mais cotações.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que está mexendo com os mercados?
Os mercados globais seguem guiados pelas apostas de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e por preocupações com os impactos da guerra na Ucrânia na economia e inflação global.
O Federal Reserve (Fed, o banco central do EUA) anuncia na quarta-feira a sua decisão, e a expectativa é que de aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, fazendo a taxa subir para o intervalo de 0,75% a 1%.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, atualmente em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75%.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
Na agenda do dia, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), conhecido como “prévia do PIB”, cresceu 0,34% em fevereiro.
A FGV mostrou que a confiança empresarial subiu em abril, atingindo o maior nível em 5 meses.
Fonte:G1