Dólar fecha em queda com alívio externo e movimentação pró-reformas no Brasil | Economia


O dólar fechou em queda nesta terça-feira (22), influenciado tanto pela melhora de sinal nos ativos externos quando por indicações de debates sobre reformas no Brasil, um dia depois do choque nos mercados por receios de uma guinada do governo a uma direção mais populista.

A moeda norte-americana recuou 0,24%, a R$ 5,4421. Veja mais cotações.

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,4554. Na parcial do mês, tem queda de 0,52%. No ano, tem valorização de 4,91% ante o real.

‘Vivemos num ambiente de incerteza’, diz economista sobre queda de ações da Petrobras
‘Vivemos num ambiente de incerteza’, diz economista sobre queda de ações da Petrobras

8 min ‘Vivemos num ambiente de incerteza’, diz economista sobre queda de ações da Petrobras

‘Vivemos num ambiente de incerteza’, diz economista sobre queda de ações da Petrobras

Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV, comentou sobre as expectativas do mercado financeiro após o tombo das ações da Petrobras. Segundo o economista, estamos vivendo um momento de incertezas e existe um discussão entre os analistas para saber se esse episódio com relação a Petrobras, é uma guinada na gestão de política econômica.

O mercado vem de uma sessão de forte pressão, depois de declarações do presidente Jair Bolsonaro e sua decisão de trocar o comando da Petrobras alimentarem rumores sobre uma guinada na política econômica e temores sobre como Guedes – ainda visto como fiador da agenda de reformas econômicas e de equilíbrio fiscal – reagiria às mudanças.

Em resposta ao um apoiador, Bolsonaro disse nesta terça que “tem muita coisa errada” na Petrobras e que o indicado para ser o novo presidente da estatal, o general reformado Joaquim Silva e Luna, irá “dar uma arrumada” na empresa.

No exterior Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), iniciou depoimento ao Comitê Bancário do Senado dos EUA.

Após as declarações iniciais de Powell, os yields dos Treasuries perderam força, reduzindo o diferencial de juros a favor do dólar – tirando atratividade da moeda norte-americana e, por tabela, aumentando o interesse por ativos mais arriscados, como moedas emergentes e ações.

Mas o alívio no câmbio também se deu com o noticiário doméstico, em meio a declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre defesa do teto de gastos.

Lira (PP-AL) também minimizou a interferência de Bolsonaro na Petrobras e chamou de “bolha histérica” a reação do mercado financeiro à troca do presidente da estatal.

Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1

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Fonte: G1