Dólar fecha em leve alta e vai ao maior patamar desde janeiro | Economia

O dólar fechou em leve alta nesta segunda-feira (4), em dia de feriado nos EUA, com os investidores monitorando o aumento dos riscos fiscais no Brasil.

A moeda norte-americana subiu 0,08%, vendida a R$ 5,3251. Veja mais cotações. É o maior patamar de fechamento desde 29 de janeiro deste ano (R$ 5,39).

Na sexta-feira, o dólar subiu 1,68%, a R$ 5,3206. Com o resultado desta segunda, a moeda norte-americana acumula alta de 2,04% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 4,48% frente ao real.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

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O que está mexendo com os mercados?

Nos Estados Unidos, os mercados financeiros não funcionaram nesta segunda-feira devido ao feriado do Dia da Independência.

A divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira, pode trazer mais pistas sobre o próximo passo da política monetária americana – uma alta de 0,50 ponto ou uma alta de 0,75 ponto. Na sexta-feira, os dados de criação de empregos nos EUA também servirão como um termômetro importante do estágio atual do ciclo de crescimento da economia do país.

Na cena doméstica, o foco segue na tramitação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições. A PEC foi aprovada no Senado e agora depende do aval da Câmara dos Deputados. Se aprovada, seu impacto nos cofres públicos pode chegar a R$ 41,2 bilhões.

Apelidada de “PEC Kamikaze”, ela reacendeu temores fiscais e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação. Analistas apontam também que a proposta é uma forma jurídica de tentar burlar a lei eleitoral.

Além de reconhecer um estado de emergência para criar um “voucher caminhoneiro” e de ampliar o Auxílio Brasil e o Auxílio Gás, a PEC foi complementada para incluir a concessão de um benefício destinado a taxistas e ainda um crédito suplementar a programa alimentar.

“O resultado é mais uma medida que fragiliza o teto do gasto público e, consequentemente, aumento do risco fiscal do país. Com o aumento do risco fiscal, a tendência de valorização da taxa de câmbio que começou no início de 2022 se reverteu”, disseram em nota analistas da Genial Investimentos.

Fonte: Portal G1