Dólar fecha em alta, mas acumula queda em maio | Economia


O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (31), mas acumulou queda em maio, em dia de volatilidade devido ao fechamento da taxa Ptax de fim de mês e à redução dos volumes de negociação por um feriado nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,23%, a R$ 5,2243. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,82%, a R$ 5,2123 – menor patamar de fechamento desde 14 de janeiro (R$ 5,2073). No mês, acumulou queda de 3,81%. No ano, porém, o avanço ainda é de 0,72%.

Os mercados dos EUA permaneceram fechados nesta segunda em razão do feriado nacional do Memorial Day.

Segundo a agência Reuters, a contínua fraqueza do dólar no exterior – pela expectativa de que o banco central norte-americano não subirá juros tão cedo -, a melhora das projeções de crescimento econômico no Brasil, o reforço de fluxos de recursos de exportadores, a alta de juros pelo Banco Central e notícias sobre andamento das reformas deram a investidores argumentos para alguma realização de lucros na moeda dos EUA em maio.

E o cenário parece mais promissor para o real, por ora.

“O otimismo é baseado num retorno a ‘valuations’ pela moeda”, disse Caesar Maasry, chefe de estratégia de mercados emergentes do grupo de pesquisas do Goldman Sachs, que relatou aumento de interesse de estrangeiros por operações de “carry trade” com a moeda brasileira. Ele prevê que o dólar cairá para 5,00 reais nos próximos 12 meses.

Na cena local, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação em 2021 para 5,31% e, com isso, passaram a projetar pela primeira vez um estouro da meta de inflação deste ano, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Já a expectativa de crescimento do PIB deste ano passou de 3,52% para 3,96%.

A inflação elevada e a forte alta nos preços no atacado preocupa investidores à medida que pode levar a uma alta mais forte na taxa básica de juros.

O mercado financeiro subiu de 5,50% para 5,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Para essa previsão se confirmar, haverá uma alta maior na taxa de juros neste ano. A taxa está atualmente em 3,75%.

Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,30.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve a previsão de crescimento de 3,7% do PIB brasileiro em 2021, mas avaliou que a ampla disseminação do vírus da Covid-19 e medidas restritivas descoordenadas entre os Estados pioraram a situação sanitária no Brasil, considerada “preocupante”.

Já a Fundação Vargas informou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu em maio para o maior nível desde março de 2014, último mês antes da recessão de 2014-2016.

Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1



Fonte: G1