A moeda norte-americana fechou em alta de 0,66%, vendida a R$ 5,4970. — maior patamar de fechamento desde 24 de janeiro (R$ 5,5017). Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar subiu 0,71%, vendido a R$ 5,4607. Com o resultado de hoje, acumula alta de 1,71% na semana e de 5,05% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 1,40% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
O Banco Central Europeu (BCE) elevou nesta quinta-feira (21) a taxa básica de juros da zona do euro pela primeira vez em mais de uma década, em meio a temores de uma crise energética e perspectivas econômicas sombrias na zona do euro. A alta, de 0,5 ponto percentual, levou a taxa a zero.
Na próxima semana, será a vez dos Estados Unidos definirem a sua taxa básica de juros. Recentemente, operadores de futuros moderaram suas expectativas sobre o tamanho dessa alta, passando a esperar uma alta de 0,75 ponto percentual, em vez de cenário de 1 ponto percentual completo.
As perspectivas de recessão global seguem fazendo com que empresas repensem investimentos e contratações.
No cenário doméstico, permanecem no radar de investidores temores sobre a credibilidade do Brasil, que foi abalada recentemente por uma emenda constitucional que amplia e cria uma série de benefícios sociais, prevendo despesas fora do teto de gastos a apenas alguns meses das eleições presidenciais.
Segundo o blog da Ana Flor, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem passado os últimos dias debruçada sobre os números do Orçamento e prepara um terceiro bloqueio de verbas no ano. O objetivo é evitar que as despesas do governo ultrapassem o teto de gastos.
O corte nos repasses do Orçamento pode superar os R$ 5 bilhões. Esse valor ainda pode mudar, porque até o último momento negociações dentro do governo tentam reduzir o tamanho do bloqueio e amenizar o impacto político.
O anúncio do valor deve ser feito nesta sexta-feira (22), na divulgação do boletim bimestral de receitas e despesas. Para a segunda-feira (25), está prevista uma coletiva de imprensa com técnicos do Ministério da Economia.
Fonte: Portal G1