Dívida pública tem alta de 0,85% em março, para R$ 5,24 trilhões | Economia


A dívida pública federal em títulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou aumento de 0,85% em março e atingiu R$ 5,242 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28).

Em fevereiro, a dívida somava R$ 5,198 trilhões.

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, são empréstimos feitos para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

“O mês de março foi negativo de forma geral, com deterioração na percepção de risco de emergentes e alta na curva de juros no mercado doméstico”, informou o Tesouro Nacional.

Em março, as emissões somaram R$ 164,77 bilhões, enquanto os resgates de títulos públicos alcançaram R$ 163,53 bilhões.

Deste modo, as emissões superaram os resgates em R$ 1,24 bilhão no mês passado. Além disso, houve uma despesa com juros de R$ 42,76 bilhões em março.

A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continue a crescer nos próximos meses, e que termine 2021 entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões.

Assista abaixo a reportagem sobre o resultado da dívida pública ao final de 2020, quando ela ultrapassou os R$ 5 tri.

Dívida pública federal bate recorde em 2020 e atinge R$ 5 trilhões

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Detentores e custo médio

Os números do Tesouro Nacional também revelam que os investidores estrangeiros compraram títulos públicos no mês passado. Por isso, a participação desse grupo na dívida pública interna avançou.

Em março, os não residentes no país detinham 9,54% da dívida total, o equivalente a R$ 475 bilhões, contra R$ 467 bilhões, ou 9,43% do total, em fevereiro.

Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:

  • instituições financeiras (R$ 1,549 trilhão, ou 31% do total).
  • fundos de investimento (R$ 1,201 trilhão, ou 24,10% do total);
  • fundos de previdência (R$ 1,131 trilhão ou 22,7% do total);

Já o custo médio das emissões de títulos públicos, segundo o Tesouro Nacional, passou de 4,7% ao ano, em fevereiro, para 4,8% ao ano em março.

Reserva de liquidez em R$ 1 trilhão

De acordo com a instituição, a chamada “reserva de liquidez” da dívida pública, ou seja, os valores separados para pagar os vencimentos da dívida, terminou março em R$ 1,119 trilhão.

“O nível atual é suficiente para mais de 7 meses à frente de vencimentos e cabe destacar que os meses de abril e maio de 2021 concentram vencimentos estimados em R$ 435 bilhões”, informou o Tesouro Nacional.

No mês de abril, ainda de acordo com a instituição, o cenário para a dívida pública tem se mostrado mais positivo “com melhora na percepção de risco de emergentes e queda nas taxas de juros com prazos mais longos”.



Fonte: G1