Distribuição de energia tem recuo no semestre com efeitos da pandemia, dizem elétricas




Isolamento desencadeou contração da produção industrial, redução da atividade comercial e aumento do desemprego, pressionando o consumo de energia no Brasil. Distribuidoras de energia tiveram custos extras neste ano para conseguir atender aos consumidores
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
As elétricas EDP Brasil e Neoenergia reportaram recuo na distribuição de energia durante o primeiro semestre do ano, afetadas pelas medidas de isolamento contra a disseminação do novo coronavírus no Brasil, conforme comunicados divulgados nesta quinta-feira (9).
Na EDP, o volume de energia distribuída nos seis primeiros meses do ano caiu 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, para 11,87 milhões de megawatts-hora (MWh).
A mesma tendência foi observada no segundo trimestre de 2020, com recuo de 11,6% na distribuição pela empresa, para 5,68 milhões de MWh.
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“O consumo de energia distribuída do trimestre é resultante dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid- 19), refletindo as medidas de prevenção e de distanciamento social que atingiram o país”, afirmou a EDP no comunicado.
Segundo a companhia, o isolamento desencadeou contração da produção industrial, redução da atividade comercial e aumento do desemprego, fatores que pressionaram o consumo de energia no Brasil.
“Adicionalmente, as condições climáticas mais amenas no período (segundo trimestre) também contribuíram para a redução do consumo”, acrescentou a elétrica.
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No caso da Neoenergia, a distribuição do semestre recuou 4,32% ante igual período de 2019, para 32.543 gigawatts-hora (GWh), enquanto a queda do segundo trimestre alcançou 8,95%, para 15.119 GWh.
“(Houve) redução no consumo em função do impacto do Covid-19 e melhora no Mix”, afirmou a companhia em comunicado.
As quatro companhias do grupo Neoenergia — Coelba, Celpe, Cosern e Elektro — marcaram recuos na distribuição no segundo trimestre e no semestre, com destaque para a baixa de 9,58% da Elektro no trimestre e a retração de 5,69% para a Coelba no semestre.



Fonte: G1