Desmatamento cai 38% na Amazônia e 15% no Cerrado, aponta Instituto


No primeiro semestre deste ano, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam uma queda expressiva nas áreas sob alerta de desmatamento, marcando um novo capítulo na luta pela conservação ambiental no Brasil.

De acordo com o Inpe, a Amazônia registrou uma redução de 38% nas áreas sob alerta de desmatamento em comparação ao mesmo período de 2023.

No Cerrado, a queda foi de 15%, representando a primeira redução para o período desde 2020.

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Os números de junho de 2024 corroboram essa tendência, com uma queda de 31% na Amazônia e de 24% no Cerrado em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foto: Envato

Os números de junho de 2024 corroboram essa tendência, com uma queda de 31% na Amazônia e de 24% no Cerrado em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme os dados do Inpe.

Esses indicadores apontam para uma possível mudança de paradigma na gestão ambiental dessas regiões cruciais para a biodiversidade brasileira.

Desmatamento na Mata Atlântica

O Ministério do Meio Ambiente destaca a consistência dessa tendência de queda na Amazônia, após uma redução significativa de 50% em 2023 comparado a 2022. No Cerrado, há uma tendência de estabilização do desmatamento, seguindo um aumento alarmante de 43,6% registrado em 2023 em relação ao ano anterior.

Além desses biomas, a Mata Atlântica também apresentou um cenário encorajador, com uma redução de 26% no desmatamento no período de agosto de 2022 a julho de 2023, alcançando a menor marca desde o início dos registros em 2001.

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A Mata Atlântica também apresentou um cenário encorajador, com uma redução de 26% no desmatamento no período de agosto de 2022 a julho de 2023. Foto: Envato

Este bioma, que se estende pela costa brasileira do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, enfrentou desafios significativos ao longo da história do país, com 71,6% de sua vegetação nativa desmatada devido à construção de rodovias e ferrovias, avanço da pecuária e expansão urbana.

Hoje, aproximadamente 70% da população brasileira reside na Mata Atlântica, destacando a importância crítica de preservar e restaurar este ecossistema vital não apenas para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das comunidades humanas.

Diante desses dados, especialistas e ambientalistas esperam que as políticas públicas e iniciativas privadas continuem a impulsionar esforços para a conservação ambiental, visando garantir um futuro sustentável para as próximas gerações no Brasil.



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