Depósitos na poupança superam saques em R$ 7 bilhões em junho, diz Banco Central | Economia


Os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 7,09 bilhões em junho, informou nesta terça-feira (6) o Banco Central.

Os depósitos somaram R$ 296,38 bilhões no mês passado e as retiradas, R$ 289,29 bilhões.

Foi o terceiro mês consecutivo do ano com resultado positivo. Ainda assim, insuficiente para evitar o resultado negativo da poupança no primeiro semestre deste ano.

No acumulado de janeiro a junho, os brasileiros retiraram R$ 16,54 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança.

O resultado está negativo porque, nos três primeiros meses de 2021, os clientes retiraram R$ 27,5 bilhões líquidos da poupança.

Saldo da caderneta de poupança em 2021

(diferença entre depósitos e saques, em R$ bilhões, de janeiro a maio)

Fonte: Banco Central

Os saques coincidiram com as tradicionais despesas de começo de ano, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), matrícula escolar e material escolar.

Somente em abril os depósitos superaram os saques pela primeira vez em 2021. O resultado positivo coincidiu com o retorno do auxílio emergencial, que foi prorrogado pelo governo até outubro.

O valor médio é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.

Governo Federal prorroga auxílio emergencial por mais três meses
Governo Federal prorroga auxílio emergencial por mais três meses

Governo Federal prorroga auxílio emergencial por mais três meses

Captação recorde em 2020

Em 2020, a poupança teve captação recorde. Os depósitos superaram os saques em R$ 166,3 bilhões, o maior valor da série histórica do BC, iniciada em 1995.

O recorde foi impulsionado, entre outros fatores, pelo pagamento do auxílio emergencial. Foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e até quatro de R$ 300.

O auxílio é pago em contas poupança digitais abertas pela Caixa Econômica Federal.

Os brasileiros também decidiram poupar mais no ano passado em virtude da crise causada pela pandemia de Covid-19. É o que o Banco Central chama de “poupança precaucional”, feita para casos de emergência.



Fonte:G1