Depois de bloquear Facebook, Mianmar também restringe acesso ao Twitter | Tecnologia


Provedores de internet em Mianmar bloquearam o acesso das pessoas ao Twitter nesta sexta-feira (5), segundo o NetBlocks, grupo que monitora a liberdade de internet ao redor do mundo.

Relatos de instabilidade e dificuldade de acesso também foram confirmados pela agência de notícias Reuters.

A restrição acontece dias depois de usuários usarem as redes sociais para protestar contra o golpe militar ocorrido no país na última segunda-feira (1º).

Na última quinta (4), os líderes militares restringiram até o próximo domingo (7) o acesso ao Facebook, principal fonte de informações e notícias no país, por uma questão de “estabilidade”. WhatsApp e Instagram, apps que pertencem à empresa de Mark Zuckerberg, também foram bloqueados.

Outras redes sociais e aplicativos, incluindo Twitter e Signal, tiveram um aumento no número de usuários em Mianmar após essas restrições, de acordo com a BBC.

VÍDEO: Apesar da pressão militar, centenas protestam contra golpe em Mianmar
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1 min VÍDEO: Apesar da pressão militar, centenas protestam contra golpe em Mianmar

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Centenas de professores e estudantes se reuniram nesta sexta-feira (5) em uma universidade em Yangon.

Na última quarta (3), o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que fará tudo ao seu alcance para garantir que a comunidade internacional “exerça pressão suficiente” sobre Mianmar para que o golpe de Estado “fracasse”.

Os militares tomaram o poder e prenderam o presidente do país, Win Myint; a prêmio Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi; e outros líderes civis na segunda-feira (1º), causando forte reação da comunidade internacional (exceto China e Rússia).

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu pressão internacional para que militares de Mianmar “renunciem imediatamente”.

Após o golpe, foi declarado estado de emergência de um ano no país e o general Min Aung Hlaing, comandante das Forças Armadas, foi nomeado presidente em exercício.

A Nobel da Paz Suu Kyi foi formalmente acusada por ter um aparelho de comunicação por rádio em casa e, em meio a protestos, os militares derrubaram o acesso ao Facebook e outras redes sociais essenciais para a comunicação dos birmaneses.

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Fonte: G1