Demanda externa por carne bovina anima pecuaristas brasileiros | Nosso Campo


O boi nunca esteve tão valorizado e o setor vem ganhando destaque no mercado internacional. Mesmo durante a pandemia, a arroba do boi atingiu um patamar recorde, passou dos R$ 300.

Este cenário é bastante positivo e promissor para pecuaristas como Paulo Padilha. Sua propriedade fica em Bauru (SP) e a principal atividade é a recria de boi angus.

A alta do dólar influencia diretamente no preço da arroba e, neste momento, o mercado externo se torna bem mais atrativo.

Paulo conta que essa alta do dólar torna o boi brasileiro bastante competitivo no mercado internacional. O rebanho brasileiro tem 220 milhões de cabeças de gado e os principais consumidores são os países asiáticos.

Para atingir o ponto de abate e chegar a aproximadamente 17 arrobas, o gado fica no pasto para ganhar peso por, em média, dois anos. Este tempo exige alto investimento do produtor e, com a alta do dólar, tudo também ficou mais caro no campo.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 11/04/2021)

Demanda externa por carne bovina anima pecuaristas brasileiros

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É o que explica a médica veterinária Marina Grande, que trabalha em uma fazenda na região de Marília (SP). Segundo ela, com o aumento dos produtos da base alimentar do boi, como milho e soja, o custo de produção também aumentou.

Mesmo com todo esse cenário e o longo período de estiagem no ano passado, que prejudicaram as pastagens, as exportações de carne bovina cresceram 5% em relação a 2020: 2,2 milhões de toneladas de carne bovina foram para o mercado internacional.

O pecuarista Fernando Botelho Vilela Neto afirma que, com a escassez de gado nos pastos, ficou mais vantajoso vender lá fora.

Para o economista Reinaldo Cafeo, o dólar deve permanecer em alta nos próximos meses e, por isso, a arroba do boi também vai se manter em patamar alto ao longo do ano. Mesmo com os gastos a mais com a produção, os pecuaristas estão comemorando o sucesso no mercado internacional.

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Fonte: G1