Em tempos de polarização política, a internet virou um ‘campo minado’ nas relações interpessoais no ano eleitoral. De acordo com a pesquisa Datafolha realizada na semana passada e divulgada neste domingo, 31, 53% dos eleitores mudaram a postura nas redes sociais para evitar discussões com amigos e familiares.
Este é o percentual de entrevistados que relataram ter passado por algum tipo de problema relacionado à política em aplicativos de mensagens.
No mais popular deles, o WhatsApp, 43% pararam de falar sobre política. Entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o percentual é de 46%. O índice é de 38% entre os bolsonaristas.
Em outras plataformas, 41% dos entrevistados deixaram de comentar e publicar conteúdo eleitoral. A maioria é apoiadora de Lula: 44%. E 35% é de eleitores do atual presidente da República.
Os entrevistados do Datafolha foram consultados sobre o uso de dispositivos digitais. Ao todo, 78% afirmaram que fazem uso de algum aplicativo de mensagens, mas somente 8% participam de grupos de apoio a Lula ou Bolsonaro, sendo 4% para cada candidato.
Entre eleitores do presidente, 12% estão em algum grupo. O percentual é menor entre os eleitores de Lula: 9%. O WhatsApp é o aplicativo mais popular entre os eleitores: 78% disseram utilizá-lo para troca de mensagens.
O Telegram, por sua vez, é usado por 21% do eleitorado. Entre os eleitores que usam o aplicativo russo, 32% são eleitores de Ciro Gomes (PDT), 26% de Jair Bolsonaro, 17% de Lula, 15% de Simone Tebet (MDB) e 12% de André Janones (Avante).
Segundo o Datafolha, o Telegram é mais usado entre empresários (37%) e estagiários (41%), pessoas de 16 a 24 anos (36%) e apoiadores do PL (37%).
O Facebook segue como a rede social mais utilizada pelos eleitores brasileiros. De acordo com o Datafolha, 62% dos entrevistados disseram que fazem uso da plataforma. Em seguida, vem o Instagram, utilizado por 56% dos participantes da pesquisa.
A rede social chinesa TikTok é o terceiro app mais usado pelo eleitorado: 26% informaram ter conta no aplicativo. Por último vem o Twitter, com 15%.
O percentual de eleitores de Bolsonaro que usa pelo menos uma dessas redes sociais é maior: 76%. Entre os apoiadores de Lula, o índice é de 64%.
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- Fonte: Jornal O Dia
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