Crise é a maior que a indústria da aviação já testemunhou, diz novo CEO da associação internacional do setor | Economia


“Essa é a maior crise que a indústria já testemunhou”, disse, e emendou: “continuamos a ver a indústria ficar sem caixa. E sem caixa não haverá indústria”, disse Walsh, na sua primeira apresentação como CEO da associação.

Em 2020, o setor enfrentou perdas totais de US$ 118 bilhões, com uma queda de 65,9% em relação a 2019.

Aeroportos da Europa Continental correm risco de quebrar por causa do colapso no setor da aviação

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Para conseguir sobreviver a essa crise, Walsh reforçou o pedido de suporte por parte dos governos ao redor do mundo. “É importante que as aéreas acessem qualquer suporte que elas possam ter”, disse. Walsh foi questionado sobre as recentes movimentações de governos aumentando sua participação no capital das companhias, como foi o caso da do governo francês na Air France.

Notícias publicadas nesta semana apontaram que o país deve elevar de cerca de 15% para 30% a participação na empresa depois de converter um empréstimo de 3 bilhões de euros em dívida híbrida perpétua, além de sinalizar que irá participar também de um aumento de capital que já foi planejado. “Não vejo problemas em governos terem fatias na aéreas. Muitos governos já têm. Isso não é novo”, defendeu.

O novo CEO da Iata apontou ainda um otimismo com a retomada da indústria, mas disse que o processo depende da abertura de fronteiras por parte dos países, além da implementação de medidas para testar a população e mecanismos digitais para se certificar os resultados dos testes e facilitar o transporte.

“Estamos otimistas que conforme vamos avançando essas restrições vão ser relaxadas ou removidas. Vamos ver demanda e recuperação. Acreditamos que é muito importante que os governos estudem forma de reduzir essas barreiras conforme a pandemia perde força”, disse.



Fonte: G1