CPI da Covid pede, e TCU abre auditoria para investigar todos os contratos do FIB Bank | CPI da Covid


A auditoria terá duração de 60 dias. A decisão atendeu a um pedido da CPI da Covid no Senado. O FIB Bank é uma instituição que concedeu carta-fiança no contrato do governo para a compara da vacina indiana Covaxin, que foi cancelada após uma série de suspeitas de irregularidades.

O relator do processo no TCU foi o ministro Vital do Rêgo. Ao declarar seu voto autorizando a auditoria, Rêgo afirmou que o FIB Bank não é um banco garantidor, apesar do nome, e que o capital social de R$ 7,5 bilhões da empresa não existe.

“Dá a entender que o FIB Bank é banco, não é banco não. Segundo, ele tem 7 bilhões e meio de capital social. (…) Esse capital social não existe”, disse Rêgo.

“Esse capital social é composto de dois terrenos, um terreno em São Paulo de R$ 7,2 bilhões e um terreno em Curitiba de R$ 300 milhões. Aí, as análises preliminares, é que não existe esse terreno em São Paulo, não sei que tamanho de fraude foi isso, e não existe esse terreno em Curitiba, que garantem os R$ 7,5 bilhões [de capital social]”, explicou.

O ministro lembrou que a FIB Bank tem vários contratos com o Ministério da Saúde. “Essa instituição é a queridinha do Ministério da Saúde”, relatou.

Durante o depoimento do presidente da FIB Bank à CPI da Covid, em agosto, senadores também lançaram dúvidas sobre a existência real dos imóveis que dariam lastro ao capital social do banco garantidor.

O voto de Rêgo foi acompanhado pelos demais ministros da Corte, que também autorizaram diligências preliminares para acelerar a auditoria nos contratos.



Fonte:G1