Coronavírus: Melhor aeroporto do mundo vê ‘futuro assustador’ para aviação em meio à pandemia | Economia


A administração do aeroporto também suspendeu a construção do quinto terminal por pelo menos dois anos.

“A batalha contra a covid-19 apenas começou”, afirmou o Changi Airport Group em seu relatório anual. “O futuro parece assustador com essa situação que não dá sinais de arrefecimento.”

Piscina no terraço do aeroporto de Changi, na Cingapura — Foto: Changi Airport Group/Divulgação

Os resultados anuais da companhia cobrem um período que vai até o fim de março de 2020. Ou seja, não inclui grande parte do impacto severo nas viagens desde que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo em janeiro. Cingapura só barraria a entrada e a circulação de visitantes de curto período em 23 de março.

Mas o impacto dos três primeiros meses de 2020 varreu ganhos obtidos ao longo de 2019. O lucro despencou 36%, para US$ 319 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão). Parte da queda foi atribuída a perdas com o aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, uma concessão administrada pelo grupo.

Um dos saguões do aeroporto de Changi, na Cingapura — Foto: Changi Airport Group/Divulgação

No ano passado, o aeroporto de Changi abriu a Joia, um complexo de entretenimento e compras de quase 140 mil metros quadrados. A área conta também com uma floresta, um labirinto e a maior cachoeira coberta do mundo.

Esse novo complexo ajuda a atenuar o impacto da queda no número de visitantes, e o faturamento total ficou 2,6% acima do período anterior, com total de quase R$ 12 bilhões. “Jewel é um novo ícone para Cingapura e redefiniu o que significa ser um aeroporto”, afirmou o Changi Airport Group.

Mas o grupo ainda pinta um quadro sombrio do centro de viagens internacionais e diz que a recuperação é “altamente dependente de como os países ao redor do mundo administram os controles de fronteira, do relaxamento das exigências para viagens aéreas e do desenvolvimento de tratamentos médicos viáveis para o vírus”.

Cinema no aeroporto de Changi, na Cingapura — Foto: Changi Airport Group/Divulgação

Na semana passada, as companhias aéreas dos EUA começaram a demitir milhares de empregados depois que os esforços para negociar um novo plano de ajuda econômica no Congresso acabaram paralisados.

E neste mês o órgão comercial da aviação, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), rebaixou suas previsões de tráfego para 2020, após “um fim sombrio para a temporada de viagens de verão”.

A Iata estima que deve demorar pelo menos até o ano de 2024 para que o tráfego aéreo volte aos níveis pré-pandêmicos.

Assista as últimas notícias de economia



Fonte: G1