Consumo das famílias sobe 2,1% em relação a maio, aponta CNC | Economia


Após duas quedas consecutivas, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 2,1% em junho ante maio, para 67,5 pontos. Na comparação com junho do ano passado, porém, o ICF ainda tem baixa de 2,6%.

Apesar da alta na margem, a CNC destaca que, em pontuação, este é o pior mês de junho da série histórica do índice, iniciada em 2010.

Na passagem de maio para junho, os sete tópicos usados para cálculo do indicador registraram alta. É o caso de emprego atual (1,1%); perspectiva profissional (0,9%); renda atual (1,5%); acesso a crédito (0,9%); nível de consumo atual (2,9%); perspectiva de consumo (6,5%); e momento para duráveis.

Entretanto, na comparação com junho do ano passado, houve recuos em cinco dos sete tópicos em junho desse ano: emprego atual (-2,3%); renda atual (-11,6%); acesso ao crédito (-9,1%); nível de consumo atual (-1,7%); e momento para duráveis (-1,3%). Em contrapartida, houve altas de 9,3% para perspectiva profissional e de 3,6% para perspectiva de consumo ante junho de 2020.

Em comunicado sobre o indicador, o incremento no otimismo dos consumidores medido pelo ICF acompanha a percepção mais positiva sobre indicadores econômicos e medidas do governo para mitigação de impactos da pandemia, como o investimento no auxílio emergencial e outras iniciativas sociais.

A economista responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, aponta que as famílias registraram expectativas positivas sobre mercado de trabalho, tanto no curto quanto no longo prazo, o que também ajudou no saldo positivo no ICF, em junho ante maio.

“A confiança no emprego é o que tem mantido as pessoas consumindo na pandemia. Quando há deterioração nas empresas, acontece um efeito dominó que impacta o orçamento das famílias e impede o acesso. O ICF tem sido um instrumento de análise bastante alinhado com essa expectativa”, resumiu ela, em comunicado sobre o indicador.

A consolidação de um indicador positivo ao longo do ano, porém, depende da reativação da circulação social nas ruas, restrita desde o começo da pandemia em março de 2020, pontuou a confederação.



Fonte:G1