Conhecido como “plano de resgate americano”, o projeto para injetar US$ 1,9 trilhão na economia impulsionado pelo presidente Joe Biden será votado na quarta-feira (10) pela Câmara dos Representantes, e é o terceiro lançado pelos Estados Unidos para combater as consequências econômicas da pandemia.
Democratas cedem e Senado aprova pacote de US$ 1,9 trilhão nos EUA
Essas são as principais medidas do plano:
Cheques diretos para as famílias
Este primeiro plano de resgate da era Biden dará uma ajuda imediata aos americanos.
As pessoas que ganham menos de US$ 75 mil por ano e os casais casados com renda de até US$ 150 mil por ano receberão em breve cheques de US$ 1.400 por pessoa. O projeto de lei prevê também US$ 1.400 por pessoa responsável.
Na versão alterada pelo Senado, os pagamentos diminuem progressivamente antes de desaparecerem para os indivíduos cuja renda chega a pelo menos US$ 80 mil e US$ 160 mil para os casais casados.
Esta parcela do auxílio totaliza cerca de US$ 400 bilhões para milhões de americanos. Esses cheques completam outros de US$ 600 enviados no último plano de US$ 900 bilhões adotado em dezembro, que veio depois do plano de US$ 2,2 trilhões de meados do ano passado.
Seguro-desemprego prolongado
O projeto de lei adotado pelo Senado prolonga até 6 de setembro o pagamento de seguro-desemprego adicional de US$ 300 por semana, que expirava em 14 de março.
Crédito fiscal para cuidado de crianças
O governo fornecerá créditos sobre impostos para cuidados de crianças, no valor de US$ 3.600 para crianças de até 5 anos e US$ 3.000 entre 6 e 17 anos.
Os créditos sobre impostos estarão disponíveis para todos os beneficiários com crianças, independentemente de sua renda.
Vacinas, testes e rastreabilidade
Cerca de US$ 15 bilhões serão destinados à vacinação, US$ 50 bilhões para testes e rastreamento e US$ 10 para produzir vacinas.
O presidente espera que 100 milhões de doses de vacinas sejam administradas nos primeiros 100 dias de mandato.
As escolas receberão cerca de US$ 126 bilhões e US$ 39 bilhões serão destinados às creches. Muitas escolas ficaram fechadas por um ano por não poderem implementar protocolos sanitários (ventilação, por exemplo).
O plano inclui também US$ 40 bilhões para as universidades.
Cerca de US$ 350 bilhões serão destinados aos governos estaduais e municipais, tribos e territórios.
O setor gastronômico, um dos mais afetados pelas restrições para conter a pandemia, se beneficiará com US$ 25 bilhões.
A proposta de dobrar o salário mínimo para US$ 15 por hora foi eliminada do projeto final.
Fonte: G1