Confiança do comércio sobe 12,2% em junho e tem 1ª alta do ano, aponta CNC | Economia


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 12,2% em junho ante maio, com alta de 47,6% ante junho de 2020.

De acordo com a entidade, foi a primeira elevação do indicador no ano na comparação mês ante mês imediatamente anterior, impulsionada por perspectiva de melhora na economia, e aumento de vendas no setor devido às transações relacionadas ao Dia dos Namorados, em 12 de junho.

Confiança do comércio – junho/21 — Foto: Economia G1

Em junho, os três tópicos componentes usados para cálculo do Icec mostraram elevação, tanto ante maio desse ano quanto em relação à junho de 2020. É o caso de condições atuais, com elevações de 19,3% e de 71,8%, nessas duas comparações respectivamente; expectativas, com aumentos de 11,6% e de 53,9%, ante maio e ante junho do ano passado; e de intenções de investimentos, com elevações de 8% e de 26,5%, respectivamente nesses periodos comparativos.

No comunicado sobre o desempenho do indicador, a CNC informa que, na prática, há no momento avaliação geral melhor da atividade econômica. A entidade lembra projeção própria de 3,9% de alta nas vendas do varejo em 2021, com base nas estatísticas de abril do varejo já divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A CNC também ampliou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para esse ano, de 3,2% para 3,8%, em linha com as reavaliações de mercado em relação ao andamento da economia para esse ano, pontuou a entidade, em informe sobre o indicador.

Também na nota sobre o indicador de junho, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que além do impacto positivo do Dia dos Namorados, já existe um movimento de desaceleração das medidas restritivas de circulação social em meio à pandemia, o que aumenta confiança do setor notou ele.

No entanto, Tadros comentou que a continuidade no crescimento do otimismo depende diretamente do avanço na imunização no País. “Há ainda a complementariedade de fatores como o auxílio emergencial, que vem ‘desafogando’ as famílias”, acrescentou ele, citando o auxílio pago pelo governo, em meio à crise na economia causada por covid-19.

No indicador de junho, é possível perceber que as empresas de pequeno porte do setor do varejo se mostraram as mais otimistas, acrescentou Antonio Everton, economista responsável pela pesquisa. De acordo com ele, empresas de menor porte (até 50 empregados) contribuíram mais para melhora do Icec este mês.

“A percepção de recuperação e melhora agora tende a beneficiar também as micro e pequenas empresas, uma vez que mais pessoas estão circulando nas ruas e a vacinação segue pelo País. As grandes organizações avaliam a conjuntura sob outras perspectivas e têm, naturalmente, mais resiliência para momentos de crise”, afirmou o economista, em nota sobre o desempenho do Icec de junho.



Fonte: G1