Conar vai investigar denúncias sobre campanhas atribuídas ao iFood | Midia e Marketing


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) informou que abriu um processo de investigação sobre as campanhas em redes sociais atribuída ao iFood, que teriam sido realizadas para desmobilizar uma paralisação dos entregadores de comida, “conforme denúncias publicadas na imprensa”.

As denúncias a que o Conar se refere, em nota divulgada na segunda-feira (11), foram feitas em reportagem da “Agência Pública”, de jornalismo investigativo. O texto afirma que a empresa teria contratado duas agências de comunicação para desmobilizar no ano passado movimento de entregadores que protestavam contras as condições de trabalho dos aplicativos de delivery.

“O procedimento visa apurar eventual cometimento de infração ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e identificar a autoria da campanha”, informou o Conar.

Segundo a reportagem, agências de comunicação a serviço do iFood teriam monitorado movimentos grevistas de entregadores por meses, criado perfis falsos em redes sociais e infiltrado agente em manifestação.

Procurado pelo g1, o iFood ainda não se manifestou sobre a investigação do Conar.

Em “nota de esclarecimento”, publicada em seu site no domingo (10), o iFood afirma que “nunca atuou ou autorizou fornecedores ou funcionários a atuarem para desmobilizar manifestações de entregadores, e nunca bloqueou as contas de manifestantes, em nenhuma circunstância”.

A empresa informou ainda que contratou uma consultoria especializada “para investigar se houve violação do Código de Conduta e Ética da empresa por funcionários ou fornecedores” e que encerrou o contrato com agência de comunicação citada na denúncia.

Segundo a assessoria de imprensa do Conar, a previsão é que o relator do processo apresente um parecer em até 30 dias.

As medidas do Conar não têm força de lei e o conselho não tem poder de determinar multas. Mas, em geral, as condenações e advertências da entidade publicitária costumam ser sempre atendidas pelos anunciantes e agências de publicidade, e são usadas como referências para o mercado brasileiro e para propagandas e campanhas futuras.



Fonte:G1