Conab prevê queda na produção de café em 2024 devido condições climáticas


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de café no Brasil em 2024 deverá ser menor do que as expectativas, com uma queda estimada de 0,5% em relação à safra de 2023.

A produção total deve atingir 54,79 milhões de sacas beneficiadas, segundo o 3º levantamento da safra, publicado nesta quinta-feira (19).

A redução é atribuída principalmente às condições climáticas adversas, que afetaram as atividades em diversas regiões produtoras.

produção de caféprodução de café
Foto: Envato

Clima afeta produção de café

Embora o início da safra indique um bom potencial produtivo, com expectativa de aumento na colheita devido ao ciclo de alta bienalidade do café arábica, fatores como estiagens prolongadas, chuvas irregulares e temperaturas elevadas durante as fases críticas do desenvolvimento dos frutos afetaram níveis de produtividade.

A produtividade média nacional foi ajustada para 28,8 sacas por hectare, uma redução de 1,9% em comparação com a safra anterior.

No caso do café arábica, ainda há um nível de crescimento projetado, com estimativa de 39,59 milhões de sacas, um aumento de 1,7% em relação a 2023.

Minas Gerais, maior produtor nacional dessa variedade, deverá colher 27,69 milhões de sacas, uma redução de 3,4% devido ao clima seco e altas temperaturas no estado. São Paulo, por outro lado, deve registrar um aumento de 8,2% na produção, chegando a 5,44 milhões de sacas.

A produção do café conilon, por sua vez, deve apresentar uma queda mais acentuada, com uma redução de 6%, totalizando 15,2 milhões de sacas. No Espírito Santo, maior produtor de conilon no país, a safra deverá ser de 9,97 milhões de sacas, uma queda de nível de 1,9%. Em Rondônia e na região do Atlântico baiano, as quedas esperadas são mais expressivas, de 16,4% e 13,3%, respectivamente.

A área total destinada ao cultivo de café no Brasil em 2024 soma 2,25 milhões de hectares, com 1,9 milhão de hectares em produção, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior.

No entanto, a área em formação sofreu uma redução de 4,5%, totalizando 345,16 mil hectares. O clima, mais uma vez, mostrou ser um fator determinante na variação da produtividade e nas estimativas de colheita para o próximo ano.

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Foto: Envato



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