Plantar e colher, tudo bem integrado à natureza. É assim que Pedro Penna, formado em marketing e ecoturismo, gosta de viver em um sítio no município de Piedade (SP).
Após conhecer e estudar o tema agroflorestal, ele decidiu combinar agronegócio e sustentabilidade. Pedro produz adubo a partir de folhas e restos de alimentos. O processo conhecido como compostagem fornece um substrato rico em nutrientes, importante no desenvolvimento das plantas.
Pedro usa capim verde, esterco e outros resíduos orgânicos, intercalando na mesma proporção. Ele mexe a cada quatro dias e em cerca de um mês a compostagem está pronta. O processo é simples e barato.
A compostagem é ensinada no curso de engenharia agronômica em um centro universitário em Sorocaba (SP). O laboratório é sob a sombra das árvores, que fornecem a principal matéria-prima: as folhas.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 11/10/2020)
Compostagem é alternativa para produzir de maneira sustentável
O professor Felipe Fengler conta que o produtor que decide utilizar a compostagem orgânica ao invés da adubação mineral tem ganho econômico. Há também o benefício ambiental, a diminuição de resíduo e o aumento da capacidade de infiltração do solo.
Para obter o composto, o primeiro passo é recolher as folhas, depois triturar tudo. É importante controlar a umidade durante todo o processo, que deve ficar entre 50% e 60%.
Uma dica que Manoel Zago dá é apertar um pouco do composto com as mãos. Se escorrer água pelos dedos, é porque há umidade em excesso.
O gongolo, conhecido também como piolho de cobra, é um importante aliado no processo. Ele se alimenta dos resíduos orgânicos e, a partir das fezes do bicho, é produzido o húmus, componente importante para a atividade agrícola. Fungos e bactérias também são essenciais no final do processo. De uma baia é possível tirar até 400 quilos de húmus.
Fonte: G1