O segundo ano da pandemia do coronavírus força os produtores e empresários de teatro a inventar novos formatos e adaptar antigos para fazer o público consumir cultura.
Fernando Bustamante, diretor artístico de uma companhia de teatro em Belo Horizonte, queria atores no palco e plateia cheia em 2021, mas esse desejo ficou só na imaginação. Ele enfrenta a dura realidade de como sustentar a casa fundada em 2005.
“O teatro de forma presencial é um segmento e o que a gente tá fazendo agora é um outro segmento que se apropria do teatro, mas que é um novo produto”, diz o diretor.
O PEGN mostrou a situação da companhia em maio de 2020, quando Fernando foi obrigado a fazer as primeiras mudanças para sobreviver. Viraram o ganha pão as lives, os vídeo mensagens e as peças online.
De lá para cá, algumas estratégias saíram de cena e deram lugar a novos formatos, todos digitais.
“A live é o nosso carro-chefe. Agora, os espetáculos on-line voltaram e ficaram muito interessantes, participativos e interativos. Além disso, a gente criou um programa de web infantil e estamos fazendo o coral de vozes com as nossas companhias, que vão participar de eventos online”, conta Fernando.
O que também ajudou a segurar as pontas na companhia foi a lei Aldir Blanc, que forneceu auxílio financeiro a parte do setor cultual. Eles receberam R$ 15 mil em dezembro.
As ações adotadas mantêm 25% do faturamento pré pandemia. Ainda é pouco, mas é o que dá fôlego até a situação normalizar.
“É uma adaptação financeira e artística. A gente agora tá com o elemento do audiovisual. A gente descobriu coisas bem interessantes que ficam. Acredito que quando as coisas forem retomadas, a gente vai manter um formato híbrido, público presencial, mas ao mesmo tempo exibindo o espetáculo na plataforma on-line”, diz o produtor.
Veja a reportagem completa no vídeo acima.
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Fonte: G1
