Com pandemia, reclamações contra empresas de turismo disparam, diz governo | Economia


As reclamações de consumidores sobre viagens, turismo e hospedagem cresceram 427,8% em 2020, ano em que foi declarada a pandemia de Covid-19, na comparação com 2019. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (15), fazem parte de um balanço da Secretaria Nacional do Consumidor sobre setores que registraram mais reclamações no ano passado.

O crescimento de 427,8% foi registrado no sistema “consumidor.gov.br”. Já o Sindec, que reúne informações dos Procons de todo o país, apontou um crescimento de 220,9% de atendimentos em 2020 com relação a viagens e turismo.

“Por conta do fechamento de muitas fronteiras e também em razão da diminuição inicial de 94% da malha aérea brasileira, o turismo foi afetado e nós estamos falando de um mercado extremamente pulverizado. Nós temos desde grandes redes hoteleiras até pequenas pousadas”, explicou a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues.

O consumidor.gov.br é um serviço de intermediação entre o consumidor e a empresa. Pelo site, o usuário verifica se a empresa está cadastrada, registra sua reclamação e, a partir daí, começa a interação entre o consumidor e a empresa. Ao fim, o usuário registra se o problema foi resolvido ou não. A plataforma registrou 1.196.627 reclamações em 2020, com 78% de taxa de resolução.

O Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) reúne dados dos Procons dos 26 estados do país, do Distrito Federal e de 607 municípios. O sistema realizou 2.068.156 atendimentos em 2020.

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Bancos e telecomunicações

Apesar dos números do turismo, os setores de telecomunicações e de serviços financeiros seguem, como em anos anteriores, registrando o maior volume de reclamações.

Setores mais demandados em 2020 (Sindec)

  • Telecomunicações: 18,3%
  • Serviços financeiros: 16,6%
  • Varejo / Comércio Eletrônico: 14,2%
  • Energia Elétrica: 8,5%

Segmentos mais reclamados em 2020 (consumidor.gov.br)

  • Bancos, Financeiras e Administradoras de Cartão: 26,8%
  • Operadoras de Telecomunicações: 26,6%
  • Comércio Eletrônico: 10%
  • Transporte Aéreo: 5,5%

Os principais problemas reclamados foram: cobranças, problemas com o contrato e vício ou má qualidade do produto.

“Boa parte dos brasileiros permaneceu em casa e fez bastante uso de telefonia, pacotes de serviços que são ofertados pelas empresas de telefonia, banda larga, internet, então as demandas de telecomunicações seguem liderando o ranking do Sindec”, disse Juliana Domingues.

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Fonte: G1