Com oferta menor, preço de venda do caqui aumenta na região | Nosso Campo


A pandemia trouxe muitas incertezas para a família Bergamin, de Itatiba (SP), que lida com uma fruta muito comum nos pomares da cidade: o caqui.

No ano passado, a pandemia trouxe muitas incertezas e, na safra atual, o clima não ajudou e a produtividade está sendo menor. Os caquizeiros poderiam estar mais carregados se não fosse a irregularidade das chuvas, principalmente em outubro do ano passado e no começo deste ano.

A principal variedade de caqui cultivada no município é a rama forte. A produção anual gira em torno de cinco mil toneladas, mas, de acordo com a Casa de Agricultura de Itatiba, desta vez ela deve cair cerca de 30%. No sítio da família Bergamin, são quase 800 árvores e a previsão é que a safra termine antes do esperado.

Apesar das dificuldades climáticas, os frutos que vingaram são de boa qualidade: bonitos e graúdos. Comparado ao ano passado, que teve uma supersafra de aqui no município, com excesso da fruta, economicamente, este ano está melhor. Como a oferta é menor, o preço de venda está mais alto.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 25/04/2021)

Com oferta menor, preço de venda do caqui aumenta na região

Com oferta menor, preço de venda do caqui aumenta na região

Para o agricultor Valdir Montico, isso ajuda bastante. Ele tem mais de dois mil pés em duas propriedades, mas outra dificuldade que acabou tendo que lidar foi com o cancelamento da tradicional festa do caqui pelo segundo ano seguido. A comemoração sempre atraía consumidores e turistas.

A colheita do caqui é 100% manual e, nessa época, é feita praticamente todos os dias para atender ao ritmo da demanda. Depois de colhidos, são submetidos a um processo para retirada do tanino, que é o que os torna amargos e com aquela sensação de “amarrar” a boca.

Os caquis são colocados em uma espécie de estufa, em uma sala fechada, por 12 horas. Neste período, essa máquina vai disparando alguns jatos de álcool específico para frutas que tem essa característica, o que antecipa o amadurecimento para que ela fique própria para consumo. Depois, é só embalar e distribuir. A produção local ajuda a abastecer todo o estado e outros lugares do país.

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Fonte: G1