Com maior rentabilidade, produtores do noroeste paulista investem na soja | Nosso Campo


A época de colheita nas plantações de soja chegou ao noroeste paulista. Na atual safra, as máquinas terão ainda mais trabalho, já que o grão vem ganhando espaço entre os produtores da região.

No município de Santa Rita D’Oeste (SP), o produtor Edvaldo arrendou parte das terras para investir em soja. No total, ele plantou o grão em cinco municípios e ampliou a área cultivada de 350 para 750 hectares para ter rentabilidade.

“Acho que nenhuma outra cultura teve um aumento tão substancial quanto ela [soja]. A questão do dólar tem interferido bastante, a gente tem também os outros países, como Estados Unidos, com atraso de plantio e estoques baixos. Tudo isso interfere na questão do preço da soja para nós aqui também”, diz.

O preço da saca é ainda mais atrativo para os agricultores. Há alguns anos, os números mostram o maior interesse pela soja. Em 2018, a região de Jales (SP), sozinha, tinha pouco mais de mil hectares em produção. Em 2020, foram 2.310 hectares.

A área ocupada pela soja em uma safra da região de Santa Rita D’Oeste praticamente triplicou. São mais de seis mil hectares. Para o produtor e engenheiro agrônomo Grasiane Evaristo Presutto, muitas áreas de pastagem que estavam ou estão improdutivas já foram ou ainda podem ser ocupadas pela soja.

Quem apostou na soja está colhendo bons frutos, mesmo após um período de longa estiagem na época do plantio, no qual a falta de chuva atrasou a colheita em um mês.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 28/03/2021)

Com maior rentabilidade, produtores do noroeste paulista investem na soja

Com maior rentabilidade, produtores do noroeste paulista investem na soja

Nas roças de Wagner Luis Casagrande nos municípios de Palmeira D’Oeste e São Francisco (SP), a colheita está programada para começar na segunda quinzena de abril. Mesmo com o atraso, o investimento no grão neste safra também foi bem maior.

“A gente mexia com outras culturas, aí apareceu a soja e achamos mais interessante e lucrativa. Comecei com essa área menor de 200 hectares e esse ano aumentei para 730. A gente decidiu investir, porque vimos que é lucrativo”, explica.

O maior lucro no cultivo de um grão vem caindo cada vez mais no gosto dos produtores do noroeste, e ainda tem muito espaço para ganhar por ali.

VÍDEOS: veja as reportagens do programa



Fonte: G1